quarta-feira, 29 de junho de 2016

¨Robô advogado' já venceu 160.000 apelações contra multas de trânsito

Um chatblot criado por um estudante de 19 anos já conseguiu vencer 160 mil contestações relacionadas a multas de trânsito em Londres e Nova York dentro do período de 21 meses.
É o DoNotPay, que ganhou o apelido de “primeiro robô advogado do mundo” por auxiliar motoristas que se sentem injustiçados por levar multas de estacionamento proibido. Desde seu lançamento, o sistema já analisou 250 mil casos, tendo obtido uma taxa de sucesso de 64%.
Joshua Browder, o estudante responsável pelo DoNotPay, teve a ideia por ter levado 30 multas do tipo nos arredores de Londres quando tinha 18 anos. Como o processo de contestação é burocrático e consiste basicamente em preencher formulários, o uso da inteligência artificial cai perfeitamente, porque tudo o que o robô precisa fazer é perguntar coisas como se havia sinais claros de estacionamento e depois guiar o reclamante pelo sistema oficial.
De acordo com o VentureBeat, Browder pensa em expandir o DoNotPay para Seatle e já começou a desenvolver sistemas semelhantes para ajudar pacientes com HIV a entender seus direitos e para auxiliar passageiros cujos voos atrasaram mais de quatro horas a pedir compensações. Em outra frente, ele trabalha em um bot que ajuda refugiados a pedir asilo.
“Eu acho que existe uma mina de ouro de oportunidades, porque tantos serviços e informações poderiam ser automatizados usando IA e bots são perfeitos para isso. E é desapontador neste momento que eles têm sido usados principalmente para transações comerciais e para pedir flores e pizzas”, diz ele.

Os robôs-jornalistas chegam às redações


Pesquisa alemã conclui que textos programados em algoritmos têm maior credibilidade
Uma das manchetes da edição de junho da Revista Exame anuncia: "Robôs que transformam dados em textos chegam às redações". A matéria, apurada pela agência espanhola EFE, menciona que os robôs seriam os "jornalistas do futuro, sem cabeça para pensar ou mãos para escrever". A técnica, já utilizada pelo Jornal francês Le Monde, pode produzir notícias que não necessitem de análise e que se nutram principalmente de dados, como resultados de eleições ou de eventos esportivos. A agência americana Associated Press é outro exemplo de empresa jornalística que aproveita as máquinas para a redação de matérias esportivas e financeiras. Nos meios digitais, um blog da revista americana Forbes também divulga ações negociadas nas bolsas de valores por meio de um software de inteligência artificial.
Para aliar os temas de tecnologia e jornalismo, a Revista Superinteressante divulgou os resultados de um estudo realizado pela Universidade de Munique Ludwig-Maximilians. A pesquisa destacou que as pessoas abordadas confiam mais em textos gerados por algoritmos do que naqueles escritos por jornalistas reais. Ao mesmo tempo em que os leitores acharam as matérias escritas por humanos mais legíveis, avaliaram melhor as notícias geradas por computador no quesito credibilidade.
Para o professor da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS), Tibério Vargas Ramos, o uso de robôs pelas redações de jornais é o momento culminante da absoluta negação do jornalismo. Ainda que as máquinas sejam utilizadas para a divulgação de dados, Ramos afirma que esses mesmos dados precisam ser avaliados e ter seu valor científico discutido. "O texto de autoria é a única maneira para enfrentar os robôs", ressalta. Na visão do professor, somente o profissional do jornalismo está preparado para ter um olhar sobre os fatos, realizar entrevistas e fazer uma análise aprofundada das informações.
A professora Ana Cecília Bisso Nunes, também docente na Famecos, concorda que a forma como as máquinas estão sendo utilizadas atualmente não substitui as reportagens com profundidade. Entretanto, acredita que a expansão da robótica nas empresas de comunicação cria novas possibilidades para o profissional focar em atividades que, em virtude de trabalhos burocráticos e repetitivos, não teria tempo para produzir. "Os robôs podem contribuir na resposta dos 'o quês', mas só os jornalistas poderão responder os 'porquês', que são o motivo pelos quais as pessoas valorizam a leitura de um jornal e pagam pelo periódico", destaca Ana Cecília.
(*) Estudante de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUC-RS) e integrante do projeto 'Correspondente Universitário' do Portal Comunique-se.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Repórter é "presa" em ação da Fox


Ser presa por tráfico de drogas... Está aí uma coisa que nunca imaginei acontecer comigo! Até ser convidada para participar de ação da Fox, em que entrei no universo da série ‘1 Contra Todos’. Durante a experiência, virei criminosa, fui trancafiada em “cela de presídio” e tive uma hora para desvendar pistas para fugir do local, ao lado de mais quatro colegas da imprensa
A ideia do canal era levar os jornalistas para o cenário da nova série original, que conta a história do advogado Cadú, homem honesto que precisa descobrir do dia para a noite como sobreviver dentro do presídio, após ser condenado injustamente por tráfico de drogas. Para isso, a Fox fez parceria com a empresa de entretenimento Escape Time e reproduziu a cela onde o protagonista do enredo fica detido.
Antes de o jogo começar, recebemos orientações do monitor e um rádio para nos comunicarmos com as pessoas de fora da cela. O objetivo era achar as pistas, desvendar as senhas e destrancar os cadeados. Tudo sob a pressão do tempo em vermelho, correndo na tela de uma televisão – apenas 60 minutos para fugir do local.
Entramos no “xadrez”: um espaço com 40 m², pouco iluminado e com aquele cheiro característico de “lugar abafado”. Próximo à porta, uma poltrona amarelada posicionada em frente a um pequeno televisor antigo. Ao lado, um beliche com dois colchões finos. Numa das paredes, uma cozinha improvisada. E, em um dos cantos, um banheiro que utilizava cortina como porta, com um vaso sanitário no chão.
Partimos à procura das pistas, os enigmas a serem desvendados também foram inspirados em ‘1 Contra Todos’. Cada cadeado aberto era vitória comemorada pelo quinteto que, com a adrenalina de um criminoso em fuga, tentava desvendar os mistérios e encaixar as peças do que, em determinado momento, enxerguei como grande quebra-cabeça. Em meio à correria, o rádio chama e somos informados: “Vocês têm 30 minutos para encontrar a saída. Ou serão degolados”.
Frio na barriga. Resolvemos enigmas que, no início, achávamos não ter solução. Perdi as contas de quantas vezes revirei o quarto e mexi nos objetos da cena procurando mais vestígios que pudessem nos encaminhar à saída. O quinteto se deu bem, fomos cúmplices de crime, de cadeia e de – tentativa – de fuga. Chegamos à última etapa e quando achamos que estava ganho, PEEEEEEM, acabou o tempo. Fim de jogo.
Congelamos. Sem acreditar que havia acabado o tempo e que a morte estava mais perto do que nunca, nosso instinto pela sobrevivência nos fez continuar. Parecia uma corrida contra o tempo, só que em slow-motion. Ainda revirando a sala em busca de pistas, meu único pensamento era: E agora? Eu perderia os amigos que mal tinha acabado de conhecer? Qual seria o nosso futuro?
Para sentir “na pele” como é o ambiente de um presídio e o que é estar a um passo da morte, a sala ‘1 Contra Todos’ fica aberta para ao público na casa especializada em jogos de fuga, Escape Time, localizada no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo. Para participar, basta agendar a data e horário do game, juntar um time de no mínimo quatro pessoas e estar preparado para o desafio. Será que você vai sobreviver?
*Com edição e supervisão de Nathália Carvalho.

Volvo Ocean Race busca "repórteres corajosos" para viajar o mundo pelos mares


Em nova campanha online, a Volvo Ocean Race convida repórteres a encararem desafio pelos mares durante a nova edição da regata, que desde 1973 tem colocado velejadores profissionais uns contra os outros. Apelidada pela marca de “o trabalho esportivo mais difícil de todos”, a vaga de “onboard repórter” exigirá coragem dos participantes.
Antes de serem aprovados para participarem do desafio, os profissionais serão testados em situações adversas, no intuito de provarem sua capacidade de suportar a pressão mental e física do trabalho. A regata Volvo Ocean Race tem mais de 40.000 milhas náuticas, abrange quatro oceanos, cinco continentes e nove meses de maratona.
Segundo os criadores da ação, o desafio exige repórteres qualificados e experientes para informar tudo que se passa a bordo de áreas remotas e hostis do planeta. “Para contador de histórias profissional, estou certo de que não há desafio maior na terra do que este. Vocês serão empurrados para além de seus limites físicos, mentais e criativos”, declara o cineasta americano Amory Ross, que desempenhou o papel nas duas últimas edições do evento.
Para espalhar o conteúdo dos oceanos do mundo diretamente para os fãs, os barcos contam com arsenal tecnológico. Cada veleiro possui central multimídia, com câmeras de controle remoto, microfones e outros equipamentos para garantir qualidade, velocidade e desempenho do trabalho jornalístico.
“Estamos procurando candidatos com perfil aventureiro, mas também com experiência na área de mídia sólida”, explica o chefe da área de televisão da Volvo Ocean Race, Leon Sefton, que está conduzindo o projeto de recrutamento dos OBRs. “Não é possível subestimar o trabalho e sua dificuldade, pois é realizado dia sim, dia não, em condições diversas, com pouco ou nenhum sono”, afirma.
O trabalho desenvolvido pelo repórter a bordo da Volvo Ocean Race será regularmente apresentado nos principais meios de comunicação do mundo, em veículos como The Daily Telegraph, New York Times, Red Bull Mídia House e outras 242 emissoras em 83 canais de televisão em todo o mundo.
Mais de 2.000 candidatos se inscreveram na edição 2014-2015 e os organizadores estão esperando número ainda maior neste ano. Para tentar a vaga, os profissionais devem acessar o site da campanha e enviar resumo do seu trabalho. Os selecionados passarão para a próxima rodada, onde será realizada entrevista formal. Em seguida, será realizado o teste final.