sábado, 9 de abril de 2011

Oposição ainda junta cacos, mas ensaia ataque a Dilma e Lula


Jornal Estado de São Paulo admite em seu tweet que tucanos estão se depenando para tentar fazer oposição ao governo e, sem rumo, arriscam tema de discurso depois de 100 dias de governo Dilma.
Estadão - A oposição ao governo Dilma Rousseff passou os primeiros dias da atual gestão divida entre as tarefas de juntar os cacos de mais uma derrota para o PT e de encontrar um discurso que faça frente à nova presidente.
Somente na semana passada, o PSDB, principal partido de oposição, encaixou críticas ao governo Dilma. Aumento dos gastos públicos, desaceleração do PAC e descontrole da inflação vão formar o tripé do ataque oposicionista.
Esses foram os eixos do discurso que o senador e presidenciável tucano Aécio Neves (MG) proferiu no Senado quarta-feira passada. Esses pontos também foram reforçados pelo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira (SP). 'O governo está trabalhando com orçamentos paralelos: o que foi aprovado para este ano e o dos restos a pagar do governo anterior, que se transformaram em uma bola de neve e que reduzem a capacidade de investimento', afirmou Nogueira. 'Vemos, infelizmente, renascer, da farra da gastança descontrolada dos últimos anos, e em especial do ano eleitoral, a crônica e grave doença da inflação', afirmou Aécio.
Mas o desafio ainda é grande. Não bastassem os 56% de aprovação da presidente Dilma Rousseff, segundo pesquisa Ibope, os adversários dela ainda penam com a falta de rumo diante de uma personalidade discreta e econômica na retórica. 'O Lula facilitava a oposição parlamentar porque falava demais e abria espaço para o contraditório. Dilma, não', resume o presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE).
O tucanato (#querendo elevar a moral do derrotado)já notou que Dilma analisou o discurso do adversário da época da campanha, José Serra. 'Agora, ela ensaia um pedaço do discurso do Serra no governo', observa Guerra, ao destacar que Dilma fala em austeridade, controle de gastos, direitos humanos e gestão profissional na saúde, além de procurar mostrar que a política externa mudou. O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), observa que uma coisa é o discurso, e outra, a prática. Mas admite que no primeiro momento, o que prevalece mesmo foi o discurso. 'Fica a aparência, que não é ruim', concorda Guerra.
Divisão.
Se por um lado o DEM implodiu com a perda de seu principal quadro no Executivo - o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que criou o novo PSD - o PSDB também enfrenta o velho racha entre Minas e São Paulo e a falta de foco que penaliza o conjunto da oposição. 'Os eleitores do PSDB têm simpatizado com as ações da presidente Dilma e isto tem preocupado o partido', disse a certa altura da reunião fechada dos governadores tucanos no dia 28 passado o anfitrião Antonio Anastasia (MG). 'Faço um parêntese à fala de Anastasia', atalhou o paulista Geraldo Alckmin. 'Nós não vamos atacar ou criticar a pessoa da presidente, mas temos realmente que fazer nosso papel de oposição, criticando o governo'. Alckmin frisou que o Brasil não é 'vocacionado' para ter um partido somente, e afirmou que o PSDB tem que se preparar para a alternância do poder.

#Nota nossa

Mas Segundo o blog inter ação ¨As grandes corporações de mídia (também conhecidas como a mídia tradicional, ou PIG) no Brasil, concentradas nas mãos de quatro famílias (Frias, Civita, Marinho e Mesquita) têm como projeto poder agir livremente impondo à sociedade seu pensamento único, ou seja, sua versão dos fatos. Garantindo o monopólio da notícia, não permitindo que outras fontes e outras versões se manifestem atravessando seu caminho.
Sua longa e intransigente postura oposicionista ao governo trabalhista de Lula serviu para afinar a sintonia entre seus vários órgãos de imprensa permitindo um discurso único de oposição centrado na minimização e mesmo destruição de qualquer  imagem positiva do presidente e de seu governo.
Derrotados parcialmente com a vitória eleitoral de Dilma Rousseff, essa mídia corporativa tem partido para uma intensa campanha de desconstrução de Lula (tachado de perseguidor da imprensa, de populista, de corrupto etc) e de criar a cizânia entre ele e a presidenta exaltando nesta seu comportamento mais comedido, assim como uma suposta guinada diplomática  e um suposto abandono do projeto de regulamentação e democratização da mídia, este de interesse maior do PIG.
Fato recente revelou a postura político-partidária, assim como o projeto monopolista e autoritário da grande mídia. Noticiado pela Folha (dia 8 de abril, página A7) sob o título “Entidade critica Lula e elogia Dilma no trato com a mídia” a matéria relata a publicação de relatório da SIP ( Sociedad Interamericana de Prensa ) lido no último dia 7 em reunião em San Diego (EUA). Nele, o vice-presidente da entidade, que representa1300 donos de jornais da América, ressaltou  como fato positivo na vida política recente do país a saída do ministro de Lula Franklin Martins e o fato de que  “com isto perderam forças as propostas de regulamentação da mídia que tinha em Martins seu principal defensor.”

Para bom entendedor, meia palavra basta.

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