sábado, 10 de dezembro de 2011

FHC perde a compostura e tenta aparentar proximidade com Lula e Dilma.

FHC ficou incomodado quando questionado sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr., Privataria Tucana
Em mais uma tentativa da mídia em “relançá-lo no mercado”, Fernando Henrique foi o entrevistado desta sexta-feira (9) na sabatina promovida pelo site UOL. Essa é a enésima vez que o ex-presidente aparece nos meios de comunicação desde o início de 2011. Com a desculpa dos seus 80 anos completados, uma ação ordenada foi deflagrada para talvez reverter um pouco da sua alta rejeição, que o faz ser escondido até nas campanhas tucanas.
No início da entrevista, Irineu Machado, gerente geral de Notícias do UOL e um dos sabatinadores, justificou a presença de Fernando Henrique pelo lançamento de seu mais recente livro, A Soma e o Resto: Um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos
Foi uma entrevista sem novidades, vazia. Na prática, comprovou que o PSDB, assim como o resto da oposição ao governo federal, não tem programa, nem projeto para a nação. O tucano chegou a ensaiar um mea-culpa, “já é repetitivo dizer que o PSDB está se reconstruindo”.
FHC evitou grandes polêmicas, principalmente em relação aos governos Lula e Dilma. Com o ex-presidente petista, quis forçar uma proximidade, numa tentativa de aproveitar da aprovação e carinho que Lula nutre no povo brasileiro.
“Certamente nós dois [ele e Lula] ficamos mais tempo governando, marcamos presença e marcamos a história contemporânea do Brasil”, disse, para afirmar que tem uma “relação antiga e pessoal como preza a civilidade” e que se iniciou em 1973. Orgulhoso, fez questão que citar que Lula chegou o apoiá-lo em uma eleição em São Paulo.
Nepotismo
Apesar da demagogia, admitiu que não apoiou a queda de Lula na crise de 2005, “período da crise do mensalão”, porque ficaria a marca que foi uma ação das elites contra o presidente operário, guardando semelhanças com o que ficou para a história com o suicídio de Getúlio Vargas.
Mesmo poupando Lula e também Dilma, com quem diz ter uma ralação “civilizada”, criticou o Partido dos Trabalhadores. “Há uma diferença grande entre os partidos. O PT deturpa o Estado. As agências [reguladoras] são ocupadas por partidos”.
O tucano só não citou que no seu período na presidência, as agências eram ocupadas na base do nepotismo, como no caso da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que era presidida pelo seu genro David Zylbersztajn, burocrata que tentou privatizar a Petrobrás.
Privataria Tucana
Buscando ser cordial, o tucano perdeu a compostura com a entrevistadora Mônica Bergamo a partir do momento que ela o questionou sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr., Privataria Tucana, que chega esse final de semana nas livrarias. 
A jornalista perguntou se ele colocaria as mãos no fogo pelo ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sergio, que foi seu tesoureiro de campanha e no livro é apontado como o articulador do esquema de desvios nas privatizações. FHC se limitou a dizer que o "autor [Amaury Ribeiro Jr.] está sendo processado por suas acusações e que prefere esperar as investigações”. Mesmo assim, defendeu Ricardo Sérgio. Pelo conteúdo que está no livro, com certeza vai queimar suas lisas mãos. 

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