segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O estrondoso silêncio da mídia

O livro de Amaury Ribeiro Jr, a Privataria Tucana, é destaque na Folha.
Não no jornal, onde não merece nem uma linha, é claro.
Mas na Livraria da Folha, onde – apenas três dias depois de lançado  – já é o mais vendido, superando o livro de Eike Batista, que contou com ampla cobertura, inclusive com chamadas no site do jornal.
Depois a Ombudsman da Folha fala que a blogosfera dá olé na grande mídia.
Pudera, foi ela que criou este “sucesso clandestino” .
Talvez os editores de jornais, revistas, rádios e televisões não tenham se dado conta de que “a Sibéria do esquecimento” – como uma vez Leonel Brizola definiu o banimento dos meios de comunicação das pessoas e dos temas que desagradavam Roberto Marinho – esquentou muito depois do surgimento da internet.
O silêncio da mídia, retumbante como está sendo, não a cobre de suspeitas.
Cobre de vergonha a hipocrisia do moralismo seletivo que pratica.

Editor revela que José Serra tentou intimidá-lo
O editor Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, sentiu-se intimidado ao ser chamado para “uma conversa” com o ex-governador José Serra, que tomou conhecimento  do iminente lançamento do livro A privataria tucana, de Amaury Ribeiro. Emediato contou à coluna que ofereceu seu cartão de visitas ao emissário tucano, sugerindo que, se Serra quisesse falar com ele, que o procurasse na sede da editora.
Cautela
Temendo ordem judicial de apreensão do livro, a Geração fez uma operação silenciosa para distribuir 15 mil exemplares em todo o País.
Compromisso
Ao receberem o livro A Privataria Tucana, as livrarias assumiram o compromisso de que não seria exposto nas vitrines antes desta sexta.
Nada a declarar
O ex-governador José Serra informou que, por enquanto, sua decisão é não comentar as acusações contidas no livro de Amaury Ribeiro Jr.

A sinopse do livro no site da livraria saraiva:
Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. Ele nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por alguns de seus ministros e altos funcionários. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.
O autor, famoso jornalista investigativo, que trabalhou em vários grandes jornais e revistas, faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem que tinha o objetivo de desacreditar um possível candidato do PSDB, o ex- governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas.O livro tem 160 páginas de documentos irrefutáveis, contas no exterior, copias de cheques e contratos, fotos dos locais onde os políticos guardaram dinheiro para enriquecerem e financiarem campanhas eleitorais.

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