terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aos mestres, com carinho.


Rumos da Educação.
Nessa semana iniciou se as aulas nas escolas e faculdades do país.
Mais um ano de convívio alunos, professor e pessoal administrativo. Mais um ano que se inicia sem rumo certo e confiança na política educacional.
Em Minas muito provavelmente teremos mais greve de professores a pleitear salários dignos e pela segunda vez, e nem se precisa de bola de cristal para se afirmar isso, o professor/governador Anastasia colocara a policia para enfrentar os grevistas que optarão por retornarem as aulas com promessas mentirosas.
De tanto ver essa novela acabamos por questionar se as greves na educação são realmente por condições de trabalho e salarial ou porque os professores formaram uma classe desunida e manipulável por interesses políticos escusos. A impressão ao cidadão e aos professores com um pouco de visão é que o SIND/UT e um sindicato cooptado.
O piso salarial da categoria alardeado pelo Governo Federal é uma falácia sem tamanho. Pelo Ministério da Eduacação(MEC) o piso nacional do professor do ensino básico deveria ser de no mínimo R$ 1.024,67 para 40 horas semanais. Provento menos da metade do reivindicado por professores e maior que o desejado por estados e municípios.
No nosso Norte de Minas a grande maioria dos profissionais da educação recebem pouco mais de um salário mínimo, tendo município que paga menos que o salário mínimo, ou seja, menos que R$ 510. Sem falar que tem municipio que atrasa até seis meses o salário do educador, embora receba sem atraso as verbas do Fundeb.
Na hora de votar aumento para professores, quando votam, os vereadores e os deputados se unem aos chefes do executivo.
No entanto os deputados federais se deram um aumento de 62% a partir de janeiro.
O deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), 45, o palhaço Tiririca, afirmou que tem planos de participar da Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
“Quero trabalhar na área de educação e cultura. É o que o partido também quer”, afirmou o humorista.
Após ser eleito com votação recorde de 1,3 milhão de votos, Tiririca teve que passar por um teste de alfabetização aplicado pela Justiça Eleitoral. Ele leu uma notícia de jornal e fez um ditado com uma frase de 10 palavras. Segundo ele, o episódio está superado.
O deputado Tiririca passou a ganhar desde o mês passado um Salário de R$ 26.700,00 e uma ajuda Custo de exatos R$ 35.053,00.
Além disso terá auxilio Moradia de R$ 3.000,00 e verba de auxilio Gabinete de R$ 60.000,00 , despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E INTERNACIONAL  (livre escolha de médicos e clinicas).
Durante os quatro anos não se importara com a conta de telefone Celular que será paga pelo gabinete e contará ainda como bônus anual de mais dois salários  ( 13º e 14º  = R$ 53.400,00).
Ele e seus pares tem a suas disposição passagens de avião na primeira classe ou executiva, sempre, e estadias nos melhores hotéis, no Brasil ou no exterior.
Se conseguir reeleição qualquer deputado pode requerer ao final do segundo pleito sua aposentadoria com pagamento integral.
A pergunta que não quer calar é: vale a pena estudar para trabalhar nas salas de aula, recebendo pouco e tendo que levar trabalho para casa? Se não for por gostar, por amor a educação, essa não é uma função para se orgulhar.
Aos que ainda estão em tempo de escolha seria melhor refletir novamente, e aos que se arrebentam sem reconhecimento frente aos quadros negros resta uma saída. União.
Nas escolas temos professores de todas as matérias, e se combinarem para uma hora de estudo e troca de conhecimento também quanto a concursos públicos, terão grandes chances de se tornarem profissionais bem remunerados e valorizados trabalhando metade que hoje trabalham.
Talvez algum dia esse Brasil aprenda com os países asiáticos e realmente valorize a educação, mas até então estamos na lama do fundo do poço.
Professores, em sua maioria, fingindo que ensina, alunos fingindo que aprendem e os estados e municípios fingindo que pagam. Uma palhaçada geral.

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