quarta-feira, 24 de março de 2010

Desmontado plano para matar juiz e promotor.


Jornal Estado de Minas
Numa operação conjunta das polícias Civil e Militar, foi desarticulado na segunda-feira à tarde um suposto plano para matar um juiz e promotor de Montes Claros, no Norte de Minas. Quatro pessoas foram presas. De acordo com as investigações, estavam sendo planejadas as mortes do juiz da 1ª Vara Criminal, Isaías Caldeira Veloso, e do promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, que atuaram nos processos que resultaram em prisões e condenações de comandantes do tráfico de drogas na cidade. Segundo a polícia, a ordem para assassinar as autoridades teriam partido de A.C, condenado por tráfico de drogas.
O plano teria sido descoberto por meio de escutas telefônicas na Penitenciária de Ribeirão das Neves, na Grande BH, onde o mandante está preso. Ele é ligado a outro traficante, W.T.D.F., que no ano passado foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas (PR), com outro traficante, D.S.R.S.. Este último disputava o comando do tráfico de entorpecentes na cidade contra a facção controlada W.T.D.F.. A transferência deles foi solicitada pelo juiz Isaias Caldeira Veloso, que teria sido marcado para morrer.
Foram presos na segunda-feira P.H.R.X., de 18 anos; os irmãos F.A.F.M. e F.F.M, de 23; e E.C., de 39. Foram apreendidos com eles uma espingarda ponto 12 e um revólver calibre 38. O juiz e o promotor seriam mortos por P.H.R.X., que, segundo uma fonte policial, é suspeito de 16 assassinatos, oito dos quais confirmados. Quando menor, ele continuou livre por causa da Lei da Maioridade Penal. Os irmãos dariam fuga ao assassino.
Eles foram presos na segunda à tarde na saída de Montes Claros para a Belo Horizonte. Tentavam fugir em um táxi clandestino, depois de tomar conhecimento que o suposto plano para matar as autoridades havia sido descoberto. Já E.C. foi preso por ter vendido a espingarda. Na operação que resultou na desarticulação do plano e na prisão dos envolvidos, atuaram cerca de 40 policiais militares e 10 policiais civis. O delegado Bruno Rezende Silveira disse que vai pedir a transferência dos acusados para uma prisão de segurança máxima.

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