quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Senador tucano chama colegas de ladrões e provoca revolta


Ladrões lotam Brasília.
¨São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão. Estão ricos porque roubaram do povo¨
No plenário do Senado Federal, ninguém entendia porque o senador Mário Couto(PSDB/PA) chamava a todos de "ladrões" e clamava por uma investigação do STF a respeito da evolução patrimonial dos parlamentares. Chegou até a reiterar ao presidente da casa, José Sarney, que não excluísse do seu pronunciamento a palavra "ladrão".
Porém lá no Pará todos entenderam que o destinatário do recado era o senador Jader Barbalho(PMDB/PA), cujo jornal havia publicado naquele dia uma candente matéria revelando às novas gerações que o falecido jornalista e proprietário das Organizações Rômulo Maiorana, afiliada da Rede Globo no estado, teria sido contrabandista, inclusive de armas de fogo, antes de ingressar no ramo das comunicações.
Além de ter sido um dos grandes 'capos' do jogo do bicho no Pará, Couto é ainda investigado pelo Ministério Público do Pará do desvio de dezenas de milhões de reais dos cofres da Assembleia Legislativa quando foi seu presidente; assim como seu sucessor, o ex-deputado Domingos Juvenil(PMDB). No entanto, o jornal O Liberal, afiliado das ORM, noticia fartamente as investigações contra Juvenil, um dos maiores aliados de Jader, no entanto, omite de seu noticiário sistematicamente o andamento das investigações contra Couto que, feito o personagem de Lima Barreto, no conto "Nova Califórnia", Raimundo Flamel, transformou uma fabriqueta de fornecimento de farinha de tapioca em uma empreiteira que procedeu a reforma no prédio da Assembleia e ainda forneceu o material utilizado na dita reforma, por preços nada camaradas ao bolso do contribuinte paraense.
De tudo isso, pode-se concluir que a investigação do STF deve, de fato, ser feita, inclusive resgatando os autos da investigação ora feita na Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Mas, também, está mais do que na hora da Comissão de Ética do próprio Senado  averiguar essa história. A começar pelo próprio denunciante, cuja indignação encenada não passa de cortina de fumaça a encobrir seus malfeitos.
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