segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O filho de FHC e a rádio Disney


FHC e PHC. Conluio em negociatas.
Elvira Lobato, repórter da Folha, informa hoje que o Ministério das Comunicações está investigando se o grupo estadunidense Disney ABC – um dos maiores impérios midiáticos do mundo – controla ilegalmente a rádio Itapema FM, de São Paulo, que usa o nome fantasia de “Rádio Disney”. A emissora pertence a Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente FHC.
Oficialmente, o brasileiro de linhagem tucana detém 71% das ações da emissora e o grupo ianque controla o restante – o que se encaixaria no limite de 30% de participação estrangeira permitido pela Constituição nos meios de comunicação. Mas há suspeitas de irregularidades. Pela lei, o controle do capital das rádios deve ser nacional e a programação deve ser comandada por brasileiros.
Uma estranha negociação
“O ministério quer apurar se os americanos têm ingerência sobre programação e operação da emissora, que funciona no prédio da Disney, e não no local informado à pasta... Dois executivos da Disney no Brasil - o diretor financeiro Richard Javier Leon, americano, e o diretor-geral Miguel Angel Vives Vives, mexicano – têm procuração para autorizar empréstimos, emitir cheques e vender bens da emissora, o que denotaria poder de gestão”, informa Elvira Lobato.
Fundada em 1923, a Disney está entre os dez maiores conglomerados midiáticos do mundo. Ela é dona da rede de TV aberta dos EUA ABC, de 72 estações de rádio, além de estúdios, gravadoras, produtoras, parques e canais por assinatura. Já a Rádio Itapema pertencia ao ex-governador Orestes Quércia, que ganhou a concessão no governo José Sarney. Em 2007, ela foi vendida ao grupo RBS, afiliado da TV Globo, e, logo na sequência, para a Rádio Holding, de propriedade de Paulo Henrique Cardoso.
Artifícios das corporações midiáticas
O Ministério das Comunicações cumpre seu papel ao apurar este estranho negócio. Segundo a repórter da Folha, o ministro Paulo Bernardo garantiu que “o envolvimento do filho do ex-presidente não influenciou na investigação”. Até poderia ter influenciado. Afinal, pode se tratar de mais uma promíscua relação entre interesses públicos e privados, como gosta de martelar a mídia.
Ainda segundo Paulo Bernardo, negociações semelhantes na área de comunicação têm ocorrido como artifício para transferir a gestão de emissoras a empresas ou pessoas que não podem ou não querem aparecer como controladoras. “Ele disse que levará o caso ao Ministério Público... Procurado pela Folha, Paulo Henrique não quis dar entrevista, e delegou à Disney esclarecer sobre a gestão. O grupo disse que o comando da emissora é nacional”.
Casos em que FHC beneficiou o filho.
Em 1996, Paulo Henrique Cardoso era casado com a filha do dono do Banco Nacional, cuja falência foi evitada por medida provisória editada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aquela medida tornou possível a venda de parte boa do Banco Nacional para o Unibanco. A parte podre — de seis bilhões de dólares — ficou para o governo pagar.
Em 2000, dois anos antes de deixar o poder, FHC autorizou financiamento do seu governo à empresa do próprio filho, Paulo Henrique Cardoso, para montar o pavilhão brasileiro na Expo 2000 na Alemanha, na cidade de Hannover. Foram doados pelo governo federal, então, 14 milhões de reais. O Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal chiaram, inclusive. A imprensa, porém, deu algumas raras reportagens sobre o caso e nunca mais tocou no assunto, sobretudo depois que FHC deixou o poder.
PHC e a mídia tucana
E o pior é que PHC continua se metendo em negócios estranhos, para dizer o mínimo. A mídia deveria ter curiosidade sobre seus negócios porque seu pai é o líder máximo do maior partido de oposição, partido que controla governos estaduais poderosos como os de São Paulo (o mais rico do país) e Minas Gerais, sem falar da ascendência do ex-presidente sobre a grande mídia, o que faz dele político a ser agradado por empresas privadas.
O caso na net:
Emir Sader no Facebook: Filho do FHC acusado de ser laranja de conglomerado norteamericano numa radio FM chamada Disney. Procurado pela imprensa, ele não quis dar declarações. alegando que o Disney falaria em seu nome.
Comentários:
Cláudio Zani: Que o FHC tinha fortes ligações com variada espécie de ratos, eu já tinha certeza. Só não sabia que o filho de FHC era sócio do Mikey Mouse.
Téo Lucas Silveira: Que isso, sério? Não, não é não. O filho do FHC? Esse povo é santo, ilibado, isso é uma invenção, só pode. (#sarcasmo)

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