DE VOLTA AOS TECLADOS......E A VIDA.

Ao aproximar 2 meses que, na Br 122, fui vitima quase fatal de acidente e desde então passei a ¨residir¨ no apartamento 340 da Santa Casa de Montes Claros, essa é a primeira vez que ¨arrisco¨ teclar. Desta feita utilizando apenas poucos dedos da mão esquerda, pois a minha mão direita perdeu sua função.

O resultado da colisão em que eu conduzia moto Honda Bros 150 e colidi frontalmente um veiculo Honda Civic que invadiu minha mão de direção e me deixou quase 2 horas estirado no asfalto, onde fui socorrido pelo SAMU e atendido inicialmente na Fundação Hospitalar de Janaúba e no mesmo dia transferido para Santa Casa, foi o esmagamento de minha perna e braço direito e ambos punhos.

Dos membros apenas minha perna direita saiu sem uma fratura exposta. A cabeça e o tronco foram preservados na hora da batida porque o instinto me fez ficar em pé na moto, sendo meu corpo projetado por cima do veiculo após o impacto. Até o momento soman 11 ¨visitas¨ ao bloco cirúrgico nesses 58 dias de tratamento e parece que terei de lá voltar mais, pelo menos, 3 vezes.

AGRADECIMENTOS

A muitos agradeço por estar vivo, além de Deus, lógico.Em primeiro lugar ao senhor Dário, morador de Porteirinha que foi o primeiro a passar logo após o acidente e que evitou que um Fiat Uno me atropelasse, parando a dois metros do meu corpo inconsciente na pista. Depois foi um integrante de uma equipe do Samu de Varginha, que aproveitou para passear na nossa região em suas férias. O mesmo, pelas informações recebidas posteriormente por outras pessoas que pararam seus carros nas imediações, retirou o cadarço do meu tênis e fez com ele um torniquete no meu braço direita que sofreu corte por todo ante braço, com perda de musculos e tendões, e por cujo corte enxerguei perfeitamente todo o osso do meu braço.

A equipe do Samu de Janaúba também foi imprescindível para a manutenção de minha vida e os procedimentos realizados por eles foi elogiado pelo médico plantonista da Santa Casa.

Após internado veio-me, talvez guiado pela mão divina, o ortopedista Eduardo Robson que foi convidado para participar da cirurgia de recomposição do joelho e terminou por assumir todo o tratamento. A recomposição do que sobrou do meu braço direito e mão do mesmo membro, que ficariam inativos, foi realizado com presteza pelo médico que emendou os tendões e continuamos a trabalhar para que as seqüelas minimizem o maximo possível, embora saiba que meu corpo não será mais o mesmo.

¨Continuo hospitalizado sem previsão de alta. A diferença é que os dedos da mão esquerda voltam a passear pelo teclado de um notbook conectado¨