terça-feira, 15 de março de 2016

Programa oferece bolsas de jornalismo literário


O Banff Centre anunciou que está organizando residência de jornalismo literário, nos estúdios da colônia Leighton de artistas, no Canadá. O programa realizado de 4 a 30 de julho deste ano permitirá que escritores trabalhem em seus ensaios, memórias ou reportagens, recebam consultas individuais com professores e participem de mesas redondas.
A ideia da iniciativa é incentivar a exploração de novas ideias no jornalismo e experimentação por escrito. “Ao colocar os participantes em ambiente projetado para desafiar e estimular, este programa pretende inspirar peças criativas de escrita, que de outro modo poderiam ser difícil de completar”, informam os organizadores.
Os candidatos aprovados para a residência receberão bolsa de 100% para cobrir a taxa do programa, prêmio de comissão de US $ 2.000 para o trabalho produzido durante a residência e subsídio de viagem. Oito bolsistas serão selecionados com base em habilidades de redação, mérito literário e a relevância e originalidade da sua ideia de projeto.
Serão aceitos profissionais experientes, que participem ativamente nas áreas diversificadas de escrita, incluindo mídia impressa ou eletrônica. As inscrições devem ser realizadas por meio do site da iniciativa até quarta-feira, 16 de março.

segunda-feira, 14 de março de 2016

¨Raparigas¨ querem preservação de árvores e direitos em Montes Claros.


O bloco Raparigas do Bonfim enviou um requerimento à secretaria de Meio Ambiente de Montes Claros com alguns encaminhamentos resultantes da reunião que aconteceu no gramado da praça da Matriz no domingo passado (13). 
No documento relatam que após o ensaio aberto houve uma roda de conversa com a população sobre a questão da arborização das praças de Montes Claros e Direito à cidade. O diálogo foi estabelecido entre membros, foliões que acompanharam o Bloco, pessoas que estavam na feirinha e moradores de rua que utilizam a Praça da Matriz como local de moradia.
Foi solicitado o conserto da fonte e prevenção da perda de novas árvores através de tratamento das árvores doentes.
Informa que durante o dialogo várias inquietações surgiram e que a conversa acabou se transformando em um espaço para diversas denúncias, mormente no que se refere às violações de Direitos Humanos sofridas diariamente pelos moradores de rua.
Solicitam a administração pública, no que concerne às atribuições daquela secretaria, a implantação de lixeiras dentro da praça, conserto da instalação elétrica do Coreto e a reposição de peças do aparelho de som que segundo informações de funcionários teriam sido roubadas. Também requisitada a troca do sistema de bombeio da água da fonte pois este está quebrado e é ineficiente para o fim que se destina.
O Bloco requisita informações da espécie das mudas de arvores plantadas pois suspeitam não serem Ficcus, a espécie que ali se encontrava. Solicitam que mudas também sejam plantadas na Praça Raul Soares, conhecida como Praça da Estação, que foram cortadas no ano passado.
Futuro de outras árvores- Membros do Grupo Rapariga do Bonfim fizeram uma rápida verificação nas árvores existentes na praça da Matriz quanto na praça da Estação e notaram espécies que apresentam sinais de doença. No documento manifestam esperança de que essas árvores sejam tratadas, e não cortadas.
Alegam que a secretaria agiu corretamente ao repor as árvores perdidas, mas essas mudas demorarão muitos anos para realmente substituir o benefício propiciado por uma árvore adulta. Lembram que o benefício de árvores são fundamentais em uma cidade em situação climática extrema como Montes Claros, e dizem terem informações técnicas de que seria possível dispensar um tratamento eficiente às árvores atacadas pela mosca branca. O Grupo mostra disposição em colaborar com o órgão público, buscado informações mais precisas sobre o assunto e ações outras que se fizerem necessárias.

Em protesto musical e pacifico grupo clama por ¨Senso Ecológico e cidadania¨.


Com fonte desligada ¨Raparigas¨ fazem ensaio musical em protesto.

O bloco "Raparigas do Bonfim" foi criado por um grupo de amigos para desfilar no carnaval de rua de Montes Claros MG, e o nome é uma homenagem ao cantor, compositor e escritor norte-mineiro Elthomar Santoro.
Santoro se consagrou com a música "Disparate", composta em parceria com seu irmão Ismoro da Ponte e que ficou conhecida pela parte de seu refrão "Rapariga do Bonfim". O artista que faleceu aos 56 anos no ano passado é o homenageado pelos criadores do bloco.
O objetivo dos criadores do bloco Rapariga do Bonfim foi o desejo de reviver e reavivar o carnaval de rua alternativo da cidade e desfilou com sucesso pelas ruas de Montes Claros no último carnaval.
As atividades do grupo não pararam depois do evento carnavalesco e se firmou como uma ¨associação civil construir um mundo melhor¨ como define um de seus criadores na internet.
Além de apresentações musicais o grupo, sempre afirmando ser apartidário, tem ocupado espaços concernentes ao cidadão, se preocupando com o bem viver e bem estar da população da cidade.
Assim, no domingo passado (13) o Rapariga do Bonfim chamou seus integrantes para participarem de um ato público na Praça Dr. Chaves, mais conhecida como Praça da Matriz, para protesto cultural. O objetivo era se manifestar contra o corte de árvores nas praças da cidade, não aderindo aos dois protesto que houve na cidade naquele dia, a favor e contra o governo federal.
Reação ao chamamento - Após a chamada, e somente após a chamada do grupo para o ato pelo Facebook foi que a administração pública se manifestou na pagina da prefeitura explicando que a Secretaria Municipal de meio Ambiente mandou cortar as árvores da Praça da Matriz após detecção de infestação da mosca-branca-do-ficus, e que a praga não tem combate eficaz.
No ano passado a administração mandou ¨suprimir¨ arvores da Praça Raul Soares, conhecida como Praça da Estação. Segundo o site da prefeituras mais arvores serão cortadas.
Faltou água na ¨praia das raparigas¨
Membros dos blocos se apresentaram ao ato com roupas de banho, pois a ideia seria era tomar banho na fonte jorrante da praça como parte da manifestação. Sabendo disso a administração pública não ligou a fonte e alegaram roubo dos disjuntores que liga a bomba. Outras atividades foram mantidas, como ensaio musical do bloco e abertura de rodada de discussão sobre o futuro daquele logradouro público. Moradores da praça em situação de rua foram ouvidos, democraticamente. Na opinião dos sem teto que moram no lugar reclamam da falta de albergues na cidade. 
¨ Esse evento foi uma vitória pro bloco, porque vai abrindo nosso caminho de dar vida aos espaços públicos e construir novas relações com a cidade na base da alegria¨, diz representante do Raparigas.

Mais fotos
Moradores da praça em situação de rua se manifestam.