Milionária blogueira
cubana, desconhecida em seu país, é destaque na mídia direitista brasileira.
A mídia
colonizada já está fazendo um baita carnaval com a visita ao Brasil da
blogueira cubana Yoani Sánchez. Em pleno feriadão, ela foi destaque em
entrevistas na Folha e no Estadão. O Globo também já publicou várias matérias
sobre “a principal dissidente do regime castrista”. Nos dias que antecedem a
sua chegada, prevista para 18 de fevereiro, ela também deverá ganhar generosos
espaços nas emissoras de tevê. Com tantos holofotes e bajulações, Yoani Sánchez
já está se achando o máximo! E dá-lhe abobrinhas!
Na longa entrevista ao Estadão, no sábado, ela chegou a dizer que se
considera uma “diplomata do povo” – num egocentrismo risível. “Nenhuma chancelaria
me nomeou, nenhum palácio de governo me reconhece como representante de nada,
mas eu sinto que devo ajudar a estreitar os vínculos entre uma nação e outra.
Sou uma representante da diplomacia popular”, afirmou a blogueira, que é
colunista do jornal da famiglia Mesquita e colaboradora da máfia do Instituto
Millenium, mas é quase uma desconhecida em Cuba.
Já na entrevista
à Folha, ela se apresentou como heroína da democracia. “Fiz do meu caso um
emblema. Se o pensamento [do governo] foi ‘deixe-a sair para ver se ela se
cala’, foi uma má jogada política. É uma propaganda perigosa, porque vou me
comportar como uma pessoa livre, dizer o que penso e ser uma embaixadora do
desejo de liberdade de cubanos no mundo”. Ambas as entrevistas evitaram
perguntas delicadas à blogueira – como sobre a sua recente nomeação para o
cargo de diretora regional da nefasta Associação Interamericana de Prensa
(SIP), com um salário de US$ 6 mil.
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