Cenas da Record, no local do crime. |
Mais de 500 pequizeiros, segundo a TV, foram cortados na fazenda do prefeito de Patís, que está em nome do seu filho.
Equipe montesclarense da TV Record Minas divulgou o corte ilegal de árvores de pequi que poderá mandar para a prisão o filho do prefeito da cidade de Patis, no norte de Minas. A Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) encontraram mais de 500 pequizeiros cortados na fazenda de Walmir Moraes de Sá Filho. Já o jornalista Girleno Alencar, do Hoje em Dia, afirma ser a metade das arvores abatidas.
O crime foi flagrado na fazenda Sussuapara, conforme flagrante realizado pela Curadoria de Meio Ambiente do Ministério Público e a Promotora Aluisia Beraldo Rodrigues fez questão de acompanhar a Policia Militar de Meio Ambiente, na última sexta-feira.
Os pés de pequi são protegidos por uma lei de 1992, que define a árvore como símbolo do cerrado e gerador de renda para o norte de Minas. A suspeita é que os pequizeiros estejam sendo cortados e queimados para a produção de carvão.
A fazenda está em nome de Valmir Morais de Sá Filho e o pai, prefeito de Patís e presidente da AMANS Associação dos Municípios por 8 mandatos da área Mineira da Sudene. Procurado, o prefeito Walmir Moraes de Sá (PTB), real proprietário da fazenda, segundo denuncias de moradores da cidade, afirmou que tem autorização para a exploração para explorar a área, e disse ainda que irá plantar mudas no local.
Lei Mineira enfraquece cadeia produtiva
Politico Influente, Valmir está recorrendo da punição. |
A derrubada dos pequizeiros revoltou Álvaro Carraro, coordenador executivo do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, pois ele entende que isto já é reflexo das mudanças na Lei Pro-Pequi, aprovada recentemente pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais,abrindo precedente para a derrubada dos pequizeiros. O deputado estadual ArlenSantiago votou a favor da Lei e é o principal apoiador do prefeito Valmir, tanto na Amans tanto na prefeitura de Patís.
Os movimentos sociais estão estudando como entrar com ação judicial para derrubar a lei, por considerá-la um retrocesso ambiental.
O professor Teddy Marques, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG e do Núcleo do Pequi, afirmou que a derrubada de 250 pequizeiros é uma quantidade muito elevada, ainda mais que esta árvore é imune ao corte, causando um dano irreparável ao patrimônio natural do Norte de Minas e do cerrado. Ele observou que a multa cobrada é pequena e estimula os infratores.
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