O Ministério Público Estadual concluiu que houve abuso do poder
político na eleição para prefeito de Montes Claros e pede a cassação e
inelegibilidade de Muniz e de seu vice até 2020.
Ruy e Zé Vicente |
O Ministério Público Eleitoral (MPE) acatou
pedido da Coligação a Mudança é Agora, proposta durante o período eleitoral por
meio da Ação de Investigação de número 1240-68.2012.6.3.0184, entendendo pela
comprovação de abuso de poder político, que comprometeu o pleito de 2012. O
parecer declara a inelegibilidade do prefeito Ruy Adriano Borges Muniz e de seu
vice, José Vicente Medeiros, por 8 anos, além da
cassação dos diplomas dos mandatos de ambos.
As investigações comprovaram que Ruy Muniz
utilizou a máquina pública para se eleger, tendo sido beneficiado pelo então
prefeito Luiz Tadeu Leite, o MPE atesta que o apoio do ex-prefeito a Muniz
ocorreu, na prática, com o empenho da Prefeitura para elegê-lo.
Segundo os autos, a municipalidade e seus
servidores foram utilizados na campanha do candidato que viria a ser eleito. Em
pelo menos duas ocasiões, funcionários das secretarias municipal de Educação e
de Agricultura foram cooptados a comparecer a eventos de campanha de Muniz, um
no Parque de Exposições de Montes Claros, no dia 22 de outubro de 2012, às 10
horas; e outro na casa do próprio candidato no dia 23 de outubro de 2012, às 17
horas. Os promotores avaliaram que isso causou desequilíbrio no pleito em favor
de Ruy Muniz.
Conforme apurou o MPE a funcionária Paloma
Valéria de Assis Carvalho encaminhou e-mail a diversos servidores a mando da
secretária de Educação à época, Mariléia de Souza, convidando para a reunião na
casa do candidato Ruy Muniz.
As investigações comprovaram também que os
convites para o evento no parque foram impressos em folhas de ponto da própria
Secretaria de Agricultura, em nome da servidora Eva Patrícia Santos Silva, que
ocupou o cargo de operadora de poço artesiano até 31\12\2012. “Em relação aos
e-mails também fica claro a mobilização de servidores públicos durante a
campanha, gerando ilícito eleitoral”, diz o parecer do MPE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário