Há 20 anos o
servidor aposentado Sebastião Araújo aderiu ao primeiro Programa de Demissão
Voluntária (PDV) da Caixa Econômica Federal. Insatisfeito com o trabalho, ele
diz que não se arrepende.
Mas a proposta de
PDV, que deve ser divulgada ainda nesta semana pelo governo, não repercutiu bem
entre sindicalistas e representantes dos servidores públicos federais.
O Distrito Federal
concentra o maior número de servidores públicos do país. São 129 mil. Aqui, o
Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep) fará uma campanha contra o
PDV.
O secretário-geral
do sindicato, Oton Pereira Neves, diz que o programa pode afastar os bons
profissionais do serviço público.
“Quem aderir,
porque tem, deve ter uma outra renda, ou aqueles que acham que vão conseguir
alguma coisa no mercado de trabalho. Certamente os mais qualificados. Com isso,
o Estado vai perder mão de obra extremamente qualificada”, afirma Oton Pereira
Neves.
A proposta do
governo para reduzir os gastos com o serviço público também prevê a redução de
jornada, com consequente diminuição dos salários. Oton Neves diz que a medida
vai precarizar o serviço público.
“O povo brasileiro
tá precisando de mais servidor público. Trabalhar em sua carga horária
integral. Não pode ser um programa de Estado, programa de governo, esse tipo de
incentivo, vai precarizar a condição de atender o povo. Primeiro com demissões,
depois com redução da carga horária.”
O Programa de
Demissão Voluntária do Governo Federal será detalhado em uma Medida Provisória.
Radioagência
Nacional
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