domingo, 6 de fevereiro de 2011

População prepara protesto contra Copasa.


Água pouca e salgada. É o fundo poço para os moradores de Monte Azul.
Falta d’água continuava afetando moradores de Monte Azul, Norte de Minas Gerais.
Há cerca de seis meses o precioso liquido começou a escassear nas torneiras das residências dos monteazulinos. Antes disso já se comentava que a barragem estava quase seca e nesse período de chuvas foi inexpressivo o acumulo de água no barramento onde a Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais, capta água para distribuição na cidade e comunidades. A população cobrava da Copasa um melhor posicionamento quanto ao futuro do abastecimento e reivindicavam dragagem da barragem.
Nada foi feito e dia a dia os serviços da Copasa sempre piorando. Água suja nas torneiras se tornou comum e  começou a faltar durante o dia.
Monte Azul, conhecida pela água de gosto muito bom desde os primórdios, quando de sua primeira canalização das águas da serra para o chafariz no centro da cidade e caixa dágua perto da prefeitura, passou a ter para beber o produto da mistura de água da serra com água de poço artesiano. Uma bateria de poços foi perfurado ao longo da canalização que leva a estação de tratamento.
O abastecimento passou a ser feito somente durante a noite e se tornar comum a falta durante dois a três dias consecutivos. A população se revolta e a reclamação é geral.
Segundo o senhor Joaquim Ferreira, que mora na parte alta da cidade, em sua casa moram sete pessoas e há mais de três dias está faltando água.¨Não tem como não se revoltar. É difícil trabalhar o dia todo e chegar no final da tarde para tomar um banho, e encontrar a torneira seca”, reclama Ferreira.  “É engraçado que a conta chega todo mês com um valor absurdo. O Copasa está de brincadeira com a população”, disse.
"É uma vergonha a gente ficar sem água por tanto tempo. A Copasa deveria indenizar as pessoas quando fecha a água por tanto tempo. Se a gente não paga as contas eles cortam e a gente tem que pagar a taxa para religar. Mas, quando a culpa é deles não acontece nada. Isso está muito errado, os funcionários da Copasa tem que saber que a população é quem paga o salário deles. Nós somos os ¨patrões e precisamos ser bem atendidos", dispara o empresário Gildásio Custodio.

Protesto com manifesto.
Nesse sábado,05, dia de feira na cidade, um carro de som passou pelas ruas de Monte Azul chamando aos moradores para uma manifesto em frente ao prédio da Copasa no centro da cidade.
Segundo o anuncio o protesto contra a quantidade e a qualidade da água será na segunda feira a partir das 16 horas e o movimento tem apoio de vereadores do município.
Autoridades municipais tem se manifestado a favor da população, mas a Copasa não se manifesta e se faz de rogada.
A populares estão confeccionando cartazes para o manifesto e prometem fazer barulho para serem ouvidos.Os moradores preparam cartazes de protesto com os dizeres "Queremos água, estou pagando". Uma alusão ao fato das contas de consumo de água mensal chegarem às casas dos moradores, mesmo sem estes fazerem uso de água em quantidade suficiente, pois alegam que há bastante tempo, a água que chega é pouca.

Qualidade ruim e pouca quantidade.
A população reclama da água salobra, que vem com características químicas determinadas pela presença de substâncias químicas oriundas dos terrenos por onde ela passou ou que recebeu de contribuição, como por exemplo, o cálcio, o ferro, compostos químicos, metais pesados, além da presença de sais de cálcio e magnésio.
As donas de casa reclamam que, quando em contato com o sabão, a água não faz espuma. Ela também provoca formação de crostas brancas nas banheiras e vasilhas de ferver água, além de se juntar na resistência dos chuveiros. Algumas garantem que as torneiras dos chuveiros passaram a dar choque, pois o sal é bom condutor de eletricidade.

Os aguadeiros do século XXI
Desde a entrada em operação da Copasa na cidade que algumas pessoas preferem abastecer seus filtros e geladeiras com água vinda diretamente de minas que jorram na serra. Alguns dizem serem alérgicos aos produtos químicos utilizados no tratamento da água, principalmente ao cloro. Outros a opção se dá porque acham ruim o gosto da água da Copasa.
Para abastecer esses clientes uma profissão dos tempos da colônia sobrevive em Monte Azul: os aguadeiros.
Desfilam eles em carroças de tração animal com um tambor grande e cheio de água das fontes da serra e anunciam seu produto de porta em porta. A maioria deles conhecem sua clientela e vendem a água que é puxada do tambor com um pedaço de mangueira.
Com a água da Copasa passando a ser misturada e seu gosto salgado sobressaindo a clientela dos aguadeiros aumentaram substancialmente e o aumento do preço do galão de água passa a ser cogitado.
O visinho do Sr. Joaquim, o lavrador Edvaldo Ribeiro, 37, abasteceu foi buscar pessoalmente em uma fonte mais de 20 galões para armazenar durante a semana. Ele conta que em sua residência, a mãe está acamada e não pode ficar sem água.
“Pelo menos uma vez por semana vou no terreno para buscar água, principalmente para beber e cozinhar. Não podemos depender mais do fornecimento da COPASA, pois diariamente falta, e quando chega, ela está suja”, afirma Ribeiro.

2 comentários:

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  2. oi e dificil dt ficar sem agua e uma vergonha,esse povo de copasa tinha que nos endenisar logo,se um pobre coitado fica sem pagar as contas eles vao la logo e cortam ,agnte ficar sem agua pagando esses vagabundos nao se importam vamos fazer uma corente e acabar com isso agua tem que ser de graca minha gnt.

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