quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Revista americana destaca plano de ação de Cuba contra mudança climática

Revista da Associação Americana para o Avanço da Ciência elogiou hoje o plano de ações de Cuba para se proteger das mudanças climáticas no próximo século.
Em um trabalho jornalístico a publicação detalhou o projeto chamado Life Task, que tem ações planejadas para os próximos cem anos.
Este plano, aprovado em abril de 2017 pelo Conselho de Ministros de Cuba, entre outras medidas proíbe a construção de novas casas em áreas costeiras ameaçadas e ordena deslocar pessoas de comunidades condenadas pelo aumento do nível do mar.
O programa também apóia uma reforma do sistema agrícola do país para deslocar a produção vegetal de áreas contaminadas com água salgada e explica a necessidade de reforçar as defesas costeiras, incluindo a restauração de habitat degradado.
Entrevistada pela Science, a bióloga marinha Dalia Salabarría do Centro Nacional de Áreas Protegidas (CNAP), comentou que a idéia geral de Life Task é aumentar a resiliência das comunidades vulneráveis ​​". Salabarría disse que Cuba deve agir rapidamente para evitar futuros desastres.
Sobre o financiamento dessas ações, o chefe da divisão ambiental do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba (CITMA), Orlando Rey Santos, explicou que o governo pretende gastar pelo menos 40 milhões de dólares no referido plano. Além disso, acrescentou, uma equipe de especialistas fará uma proposta de cem milhões para enviar em 2018 ao Global Climate Fund, um mecanismo de financiamento internacional estabelecido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
O funcionário da CITMA sublinhou que a Itália era a primeira nação a responder, em novembro de 2017,prometendo 3,4 milhões de dólares para a iniciativa. Por outro lado o cientista marinho David Guggenheim chamou Life Task de um projeto incrível se destacando por ter uma visão de longo prazo.
"Este plano destina-se a preparar a ilha para os impactos climáticos no próximo século", disse o presidente da Ocean Doctor, uma organização sem fins lucrativos em Washington.
"Cuba é um país incomum no sentido de que eles realmente respeitam seus cientistas e sua política de mudanças climáticas é impulsionada pela ciência ", destacou Guggenheim.
(Com informações da Prensa Latina)

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