Revista da Associação
Americana para o Avanço da Ciência elogiou hoje o plano de ações de Cuba para
se proteger das mudanças climáticas no próximo século.
Em um trabalho jornalístico a publicação
detalhou o projeto chamado Life Task, que tem ações planejadas para os próximos
cem anos.
Este plano, aprovado em abril de 2017 pelo
Conselho de Ministros de Cuba, entre outras medidas proíbe a construção de
novas casas em áreas costeiras ameaçadas e ordena deslocar pessoas de
comunidades condenadas pelo aumento do nível do mar.
O programa também apóia uma reforma do
sistema agrícola do país para deslocar a produção vegetal de áreas contaminadas
com água salgada e explica a necessidade de reforçar as defesas costeiras,
incluindo a restauração de habitat degradado.
Entrevistada pela Science, a bióloga
marinha Dalia Salabarría do Centro Nacional de Áreas Protegidas (CNAP),
comentou que a idéia geral de Life Task é aumentar a resiliência das comunidades
vulneráveis ". Salabarría
disse que Cuba deve agir rapidamente para evitar futuros desastres.
Sobre o financiamento dessas ações, o chefe
da divisão ambiental do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de
Cuba (CITMA), Orlando Rey Santos, explicou que o governo pretende gastar pelo
menos 40 milhões de dólares no referido plano. Além disso, acrescentou, uma
equipe de especialistas fará uma proposta de cem milhões para enviar em 2018 ao
Global Climate Fund, um mecanismo de financiamento internacional estabelecido
pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
O funcionário da CITMA sublinhou que a
Itália era a primeira nação a responder, em novembro de 2017,prometendo 3,4
milhões de dólares para a iniciativa. Por outro lado o cientista marinho David
Guggenheim chamou Life Task de um projeto incrível se destacando por ter uma
visão de longo prazo.
"Este plano destina-se a preparar a
ilha para os impactos climáticos no próximo século", disse o presidente da
Ocean Doctor, uma organização sem fins lucrativos em Washington.
"Cuba é um país incomum no sentido de
que eles realmente respeitam seus cientistas e sua política de mudanças
climáticas é impulsionada pela ciência ", destacou Guggenheim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário