Minas Gerais e Santa Catarina são os
estados com o maior número de cidades que tiveram novas eleições marcadas. Das
17 com datas definidas pela Justiça Eleitoral, quatro são mineiras e quatro
catarinenses. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nessa segunda-feira
os locais onde o novo pleito já está marcado. As eleições nesses municípios
foram anuladas porque os candidatos que conquistaram mais de 50% dos votos
válidos na disputa de outubro do ano passado foram barrados por
irregularidades. Com três cidades com eleições fora de época marcadas, o Rio
Grande do Sul aparece em terceiro lugar no ranking.
Apenas três meses depois do pleito, no
entanto, os eleitores de outras 33 cidades terão que voltar às urnas, ainda sem
data definida. O número, no entanto, pode aumentar, já que a Justiça Eleitoral
ainda está analisando 33 processos de cassação. As eleições de 2012 foram as
primeiras que aconteceram sob a vigência integral da Lei Ficha
Limpa, o que aumentou o caso de candidaturas rejeitadas. Com a indefinição
política, os cargos estão sendo ocupados interinamente pelos presidentes das
Câmaras Municipais até que os novos pleitos aconteçam.
Entre as irregularidades que levam à
anulação do registro de candidatura, ainda durante o processo eleitoral, estão
práticas como fraude, falsidade, coação, abuso de poder, compra de votos ou uso
de propaganda vedada por lei.
Em Minas, na pequena Biquinhas, com 2.600
habitantes, um suposto namoro impediu que Arisleu Ferreira Pires (PSDB)
assumisse a prefeitura pela quarta vez. Logo após a eleição, os ministros do
TSE entenderam que Arisleu vive em união estável com a tucana Walquíria Silva.
No intervalo entre os governos de Arisleu (de 2004 a 2008), a prefeita foi
Walquíria. Ambos negam o relacionamento. Mesmo assim, os ministros decidiram
que vale o parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição
federal: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
presidente da República, de governador de estado ou do Distrito Federal, de
prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. O novo pleito
na cidade será sete de abril. (UAI)
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