quarta-feira, 15 de maio de 2013

Greve deixa estudantes da zona rural sem aulas em Monte Azul.


Prefeitura municipal de Monte Azul, no Norte de Minas, não repassa verba para os transportadores de alunos há 3,5 meses, o que fez com que os proprietários de ônibus contratados pela prefeitura parassem de transportar alunos da zona rural desde ontem (terça 14).
Embora parados os ônibus, os proprietários não discutiram sequer a possibilidade de manifestação pública como sugeriram os pais dos alunos. O motivo da não manifestação pública é que todos estão trabalhando de forma irregular, sem contrato, e a prefeitura prometeu pagar até sexta-feira. Outro fator que pesa na negociação é que apenas dois dos ônibus passaram na inspeção do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualificação - para e feito de emissão do Selo Programa Caminho da Escola.
Os ônibus que estão inscritos no programa Caminhos da Escola do Governo Federal, com a não-Conformidade, o veículo não recebe o selo de identificação do Inmetro, a ser aplicado nos ônibus escolares quando da aprovação da inspeção. 
Fabio, da TV Alterosa, no pau de arara.
O transporte de alunos em Monte Azul foi destaque nacional, negativamente, com reportagem feita pelo SBT/Alterosa que em 2010 que mostrou os alunos sendo transportados por em caminhões adaptados, o pau de arara. Pressionados pelo ministério público os proprietários dos caminhões trocaram esses veículos por ônibus. Na época a inspeção foi feita na delegacia de policia civil de Monte Azul, que não foi tão severa nessa vistoria.
Agora também essa inspeção é feita por técnico do Inmetro ou por empresa credenciada pelo Inmetro e homologada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), dá à empresa aferida autorização para transportar os estudantes nos veículos aprovados. São verificados na inspeção de cada veículo a suspensão, os freios, o sistema de direção, o sistema de transmissão, os retrovisores, os bancos, a iluminação, a sinalização, pneus e rodas. São aferidos ainda equipamentos de segurança (triângulo, extintor, cintos de segurança, tacógrafo), carroceria, para-choque, paralamas, janelas, saída de emergência e outros itens. Os dois ônibus que passaram nos testes recebem um certificado de segurança veicular, o documento necessário que permite o transporte dos alunos.
Para a aferição de cada veículo, a empresa desembolsa uma taxa de R$ 100. Os veículos reprovados em qualquer um dos itens verificados ficam impedidos de transportar os alunos. Se a empresa solucionar o problema, o ônibus pode passar por uma nova inspeção que está marcada para o próximo sábado na garagem da prefeitura. A data de fabricação do ônibus também é analisada. Para conseguir a autorização do órgão, os motoristas e donos dos veículos precisam ter coletivos com menos de dez anos de uso.
A paralisação atingiu também ao transporte de alunos do segundo grau, que não é prioridade da prefeitura, e aos que fazem faculdades nas cidades visinhas.
Com a greve dos transportadores, que atingi de 90% dos ônibus, apenas poucos alunos estão fazendo o trajeto até as escolas a pé, em bicicletas, motos ou mesmo caronas

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