quarta-feira, 29 de maio de 2013

Os 40 anos do Clube da Esquina recebe homenagem da Assembleia de Minas.

Em Reunião Especial realizada na segunda (27), também foi lançado livro que relembra primeiro álbum do grupo.

Na ocasião, os músicos Milton Nascimento e Lô Borges foram presenteados com 
violas artesanais  -  Foto: Guilherme Bergamini
Com a presença ilustre de Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e outros integrantes do Clube da Esquina, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) homenageou, nesta segunda-feira (27/5/13), em Reunião Especial de Plenário, os 40 anos desse que foi um dos principais movimentos musicais do Brasil. Na ocasião, também foi lançado o livro “Clube da Esquina – 40 anos”, que revive os principais fatos do grupo e relembra o álbum duplo de mesmo nome, gravado em 1972.
Em seu pronunciamento, o deputado Luiz Henrique (PSDB), que solicitou a reunião, ressaltou a origem do Clube da Esquina e a sua relevância para o cenário cultural. “Nunca se viu tamanha unidade dentro da diferença. Músicos oriundos de vários cantos de Minas formaram uma verdadeira alquimia sonora. As ousadias harmônicas e rítmicas, assim como o ideal democrático e libertário, desenharam uma linguagem mineira e que conquistou os ouvidos do mundo”, afirmou.
A mineiridade presente nas raízes do grupo também foi destacada pela secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras. “Vasculhando nossas referências musicais, certamente encontraremos poesias e letras do Clube da Esquina. Minas tem no grupo um dos símbolos de sua riqueza cultural”, disse. A secretária também abordou a importância do livro “Clube da Esquina – 40 anos”. “Registrar e difundir essa memória é muito importante. Esses músicos são um patrimônio de Minas e do mundo”, concluiu.
Na mesma linha, o diretor-geral da Imprensa Oficial do Estado, Eugênio Ferraz, relembrou sua adolescência, período no qual conheceu a música dos artistas mineiros que embalaram sua geração, para ressaltar o registro da história do grupo. “Acompanhava os sons e letras do Clube da Esquina, uma mistura de amor, protesto e compaixão. Este livro sintetiza uma esquina universal, de enorme valor para a cultura musical mineira”, afirmou.
O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), fez uma comparação entre a música e a atividade política, “ambas sempre presentes em nossas vidas”, e demonstrou sua satisfação com a homenagem. “Esta é daquelas noites que desejamos que não acabasse, mas tenho certeza de que esse momento vai nos inspirar a construir uma sociedade mais solidária. O Clube da Esquina nos transmite amor pela amizade, pela música e pela vida”, salientou.
Anjo negro Em nome de todos os integrantes do Clube da Esquina, Fernando Brant fez um discurso poético, em que destacou a obra ao mesmo tempo regional e universal do grupo e a importância de Milton Nascimento para o movimento musical iniciado ainda nos anos 1960. “Um anjo negro apareceu no meu quintal, com luzes que não eram de santo, mas de gente. Demos consistência ao anjo negro, capaz de alegrar plateias de qualquer lugar”, disse. “Invadimos o País e depois o mundo, formamos um clube sem carteiras de sócio, aberto para a beleza e para a amizade. Olhando para o início, para hoje e para a frente, sinto que alcançamos a comunhão”, acrescentou.
Homenagens Durante a solenidade, os deputados Dinis Pinheiro e Luiz Henrique entregaram placas alusivas à homenagem aos músicos do Clube da Esquina ou seus representantes. Além de Milton Nascimento, Lô Borges e Fernando Brant, que compuseram a mesa da solenidade, estiveram presentes e receberam as placas em mãos Alaíde Costa, Toninho Horta, Márcio Borges, Wagner Tiso, Rubinho Batera, Tavito e Nelson Angelo. Ian Guedes, Karina Deoadato e Cafi representaram, respectivamente, Beto Guedes, Eumir Deodato e Ronaldo Bastos.
Em seguida, a Fundação Cultural Roda de Viola, de Janaúba (Norte de Minas), presenteou os músicos Milton Nascimento e Lô Borges com violas artesanais. Os deputados André Quintão (PT), Alencar da Silveira Jr. (PDT) e Mário Henrique Caixa (PCdoB) também reverenciaram o grupo, comparecendo à reunião.
Livro Com 248 páginas, o livro "Clube da Esquina – 40 anos" foi organizado por Márcio Borges e editado em parceria pela ALMG e a Imprensa Oficial do Estado. O livro traz fotos do grupo, letras de músicas e depoimentos dos participantes do movimento, rememorando a trajetória do Clube da Esquina dos anos 1960 aos anos 1980. São memórias que remontam à chegada de Milton à Capital mineira e seu encontro com Lô, as primeiras parcerias do grupo e os mais recentes participantes.
Caetano Veloso assina a introdução do livro, que tem ainda apresentações do governador Antonio Anastasia, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro, do deputado Luiz Henrique e do diretor-geral da Imprensa Oficial, Eugênio Ferraz. Como se trata de uma edição comemorativa e limitada, durante o evento na ALMG foram sorteados cerca de cem exemplares.
Origem em Santa Tereza - O Clube da Esquina nasceu no início dos anos 1960, no bairro boêmio de Santa Tereza, em Belo Horizonte, onde jovens músicos começaram a se encontrar nas esquinas do local para produzir um som inovador. Inicialmente o grupo foi formado por Milton Nascimento, Wagner Tiso, Fernando Brant, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga. Os garotos testavam inovações trazidas pela Bossa Nova e elementos do jazz, do rock’n’roll, da música folclórica dos negros mineiros e de alguns recursos das músicas erudita e hispânica.
O alto nível de qualidade do som do grupo consolidou-se numa linguagem própria que ganhou o mundo em 1972, com o lançamento do disco “Clube da Esquina”, assinado por Milton Nascimento e Lô Borges. Ao longo da história, a turma agregou outros grandes músicos e compositores, como Flávio Venturini, Beto Guedes, Chico Buarque, Nelson Angelo e Joyce. Os integrantes também despontaram em carreiras solo, mas mantendo o contato que foi, depois, repetido no segundo disco - "Clube da Esquina 2", lançado em 1978. 
Em Reunião Especial realizada na segunda (27), também foi lançado livro que relembra primeiro álbum do grupo.

Fernando Brant discursou em nome dos integrantes do
Clube da Esquina. No destaque, foto que ilustra a capa
do livro lançado - Foto: Guilherme Bergamini
Com a presença ilustre de Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e outros integrantes do Clube da Esquina, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) homenageou, nesta segunda-feira (27/5/13), em Reunião Especial de Plenário, os 40 anos desse que foi um dos principais movimentos musicais do Brasil. Na ocasião, também foi lançado o livro “Clube da Esquina – 40 anos”, que revive os principais fatos do grupo e relembra o álbum duplo de mesmo nome, gravado em 1972.
Em seu pronunciamento, o deputado Luiz Henrique (PSDB), que solicitou a reunião, ressaltou a origem do Clube da Esquina e a sua relevância para o cenário cultural. “Nunca se viu tamanha unidade dentro da diferença. Músicos oriundos de vários cantos de Minas formaram uma verdadeira alquimia sonora. As ousadias harmônicas e rítmicas, assim como o ideal democrático e libertário, desenharam uma linguagem mineira e que conquistou os ouvidos do mundo”, afirmou.
A mineiridade presente nas raízes do grupo também foi destacada pela secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras. “Vasculhando nossas referências musicais, certamente encontraremos poesias e letras do Clube da Esquina. Minas tem no grupo um dos símbolos de sua riqueza cultural”, disse. A secretária também abordou a importância do livro “Clube da Esquina – 40 anos”. “Registrar e difundir essa memória é muito importante. Esses músicos são um patrimônio de Minas e do mundo”, concluiu.
Na mesma linha, o diretor-geral da Imprensa Oficial do Estado, Eugênio Ferraz, relembrou sua adolescência, período no qual conheceu a música dos artistas mineiros que embalaram sua geração, para ressaltar o registro da história do grupo. “Acompanhava os sons e letras do Clube da Esquina, uma mistura de amor, protesto e compaixão. Este livro sintetiza uma esquina universal, de enorme valor para a cultura musical mineira”, afirmou.
O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), fez uma comparação entre a música e a atividade política, “ambas sempre presentes em nossas vidas”, e demonstrou sua satisfação com a homenagem. “Esta é daquelas noites que desejamos que não acabasse, mas tenho certeza de que esse momento vai nos inspirar a construir uma sociedade mais solidária. O Clube da Esquina nos transmite amor pela amizade, pela música e pela vida”, salientou.
Anjo negro Em nome de todos os integrantes do Clube da Esquina, Fernando Brant fez um discurso poético, em que destacou a obra ao mesmo tempo regional e universal do grupo e a importância de Milton Nascimento para o movimento musical iniciado ainda nos anos 1960. “Um anjo negro apareceu no meu quintal, com luzes que não eram de santo, mas de gente. Demos consistência ao anjo negro, capaz de alegrar plateias de qualquer lugar”, disse. “Invadimos o País e depois o mundo, formamos um clube sem carteiras de sócio, aberto para a beleza e para a amizade. Olhando para o início, para hoje e para a frente, sinto que alcançamos a comunhão”, acrescentou.
Homenagens Durante a solenidade, os deputados Dinis Pinheiro e Luiz Henrique entregaram placas alusivas à homenagem aos músicos do Clube da Esquina ou seus representantes. Além de Milton Nascimento, Lô Borges e Fernando Brant, que compuseram a mesa da solenidade, estiveram presentes e receberam as placas em mãos Alaíde Costa, Toninho Horta, Márcio Borges, Wagner Tiso, Rubinho Batera, Tavito e Nelson Angelo. Ian Guedes, Karina Deoadato e Cafi representaram, respectivamente, Beto Guedes, Eumir Deodato e Ronaldo Bastos.
Em seguida, a Fundação Cultural Roda de Viola, de Janaúba (Norte de Minas), presenteou os músicos Milton Nascimento e Lô Borges com violas artesanais. Os deputados André Quintão (PT), Alencar da Silveira Jr. (PDT) e Mário Henrique Caixa (PCdoB) também reverenciaram o grupo, comparecendo à reunião.
Livro Com 248 páginas, o livro "Clube da Esquina – 40 anos" foi organizado por Márcio Borges e editado em parceria pela ALMG e a Imprensa Oficial do Estado. O livro traz fotos do grupo, letras de músicas e depoimentos dos participantes do movimento, rememorando a trajetória do Clube da Esquina dos anos 1960 aos anos 1980. São memórias que remontam à chegada de Milton à Capital mineira e seu encontro com Lô, as primeiras parcerias do grupo e os mais recentes participantes.
Caetano Veloso assina a introdução do livro, que tem ainda apresentações do governador Antonio Anastasia, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro, do deputado Luiz Henrique e do diretor-geral da Imprensa Oficial, Eugênio Ferraz. Como se trata de uma edição comemorativa e limitada, durante o evento na ALMG foram sorteados cerca de cem exemplares.
Origem em Santa Tereza - O Clube da Esquina nasceu no início dos anos 1960, no bairro boêmio de Santa Tereza, em Belo Horizonte, onde jovens músicos começaram a se encontrar nas esquinas do local para produzir um som inovador. Inicialmente o grupo foi formado por Milton Nascimento, Wagner Tiso, Fernando Brant, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga. Os garotos testavam inovações trazidas pela Bossa Nova e elementos do jazz, do rock’n’roll, da música folclórica dos negros mineiros e de alguns recursos das músicas erudita e hispânica.
O alto nível de qualidade do som do grupo consolidou-se numa linguagem própria que ganhou o mundo em 1972, com o lançamento do disco “Clube da Esquina”, assinado por Milton Nascimento e Lô Borges. Ao longo da história, a turma agregou outros grandes músicos e compositores, como Flávio Venturini, Beto Guedes, Chico Buarque, Nelson Angelo e Joyce. Os integrantes também despontaram em carreiras solo, mas mantendo o contato que foi, depois, repetido no segundo disco - "Clube da Esquina 2", lançado em 1978.

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