Um dia após ser diplomado pela Justiça
Eleitoral, o prefeito eleito de Montes Claros, Ruy Muniz (PRB), tem seu primeiro
ato público de protesto contra sua administração. Protesto musical, na verdade.
Ao anunciar a extinção da Secretária de Cultura,
que se tornara departamento da pasta de Esporte e Juventude, Muniz chamou para
si uma classe que sempre se mobilizou rápido, e nesse sábado (15) durante toda
a manhã músicos e artistas ocuparam a praça Dr. Carlos, que sempre foi palco de
diversos movimentos de protestos na cidade. Nesse ano que se finda por diversas
vezes o lugar foi o escolhido para concentrar os jovens que repudiavam os atos
do atual prefeito, Tadeu Leite, e agora contra ato de seu sucessor.
A extinção e a Lei.
O projeto de Lei que pretende reduzir de 23
para 10 o número de secretarias e demitir 1.400 servidores contratados ou que
ocupam cargos comissionados foi encaminhado à Câmara Municipal pelo atual
prefeito, Luiz Tadeu Leite (PMDB), atendendo à solicitação de Muniz e poderá ir
a plenário na manhã dessa terça feira (18) e será votado pelos vereadores desse
mandato, e, se aprovado, passar a valer para a próxima legislatura.
A classe cultural está se mobilizando e um comissão
tenta conversar com Ruy Muniz para convence-lo que a cidade da arte e da
cultura não poderá se dispor dessa secretária sem prejuízos ao setor. Se não
houver o encontro com o prefeito eleito antes de terça a classe se mobilizara
para protestar na câmara municipal durante a reunião para pressionar a não
aprovação do PL.
Mal informado ou incapaz?
Em novembro de 2007, no final do governo
Athos Avelino, foi aprovada pela câmara municipal a Lei 3880, que criou o
Sistema Municipal de Incentivo á Cultura, Sismic, com objetivo de nivelar Montes Claros ao sistema nacional de cultura, com suas
políticas de gestão alinhadas com as políticas públicas culturais do Estado e
da União.
Nessa Lei criou-se o conselho municipal de cultura, o ComCultura, com objetivo
de colaborar com a secretária municipal de cultura na formulação de politicas
culturais para o município e acompanhar a execução dos planos, programas e
projetos. Essa Lei dispôs também sobre a criação do sistema do conselho e a
criação do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura. Nessa época foi nominado 20
integrantes do conselho e seus suplentes, mas não chegaram a ser empossados.
Alguns fazedores de cultura
acreditavam, antes de ser noticiada a extinção da secretaria de cultura, que,
por ser inteligente o prefeito eleito anunciaria o lançamento dessa Lei e a
formação e posse do conselho como primeiro ato na área. Com o conselho e
pessoal técnico para elaborar projetos a cultura funcionaria com poucos
funcionários e revolucionaria a cidade, acreditavam.
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