sexta-feira, 4 de junho de 2010

Administração descumpre Lei Federal e também acordo com sindicato.


Servidores da educação de Monte Azul se reúnem na sede do sindicato e no gabinete do prefeito para assegurar pelo menos cumprimento de acordo.
O boicote ao Piso Salarial Profissional Nacional por parte dos prefeitos, de acordo com os preceitos da Lei 11.738 que fixa valor para os vencimentos iniciais de carreira com base na jornada de trabalho é fato comprobatório no Norte de Minas.
Para conseguirem que a administração publica municipal de Monte Azul cumpra acordo feito com o sindicato dos servidores públicos municipais na administração anterior, e que foi acatada no ano passado pela atual administração, onde se estabelece que o básico a ser pago ao professor seria o mínimo acrescido de 20%, mas que nesse ano não foi levado em conta, professores se reuniram na manha de quarta-feira,02, na sede do sindicato dos servidores públicos de Monte Azul.
Segundo o presidente Damastor Alves, a reivindicação da classe é justa e se houver boa vontade da administração pública municipal o acordo onerará pouquíssimo o caixa público. O salário mínimo subiu pouco no inicio desse ano, mas o repasse aos professores não acompanhou esse aumento.

Salário de fome.
No país onde leis federais exigem que os professores ostentem diploma universitário para ministrarem aulas os municípios pagam menos ao profissional da educação que a apadrinhados de políticos e cabos eleitorais. Dados preliminares do Censo Escolar 2009 mostram que quase 1/5 de docentes das redes públicas de educação básica exercem duplas ou mais jornadas em diferentes escolas e o fazem na tentativa de conseguirem sobreviver na profissão escolhida.
O mesmo censo deixou de captar outras informações importantes para o planejamento das políticas de valorização dos trabalhadores da educação, a exemplo dos salários, da jornada de trabalho e da implementação de planos de carreira nas redes de ensino.
Segundo o sindicato o salário do professor para 40 horas aula semanais em Monte Azul é hoje R$ 558,00, mas se a prefeitura assegurar o cumprimento do acordo deveria estar em R$ 612,00 desde o aumento do salário mínimo.
Os professores não discutiram se o pagamento seria retroativo, se a prefeitura resolver pagar a diferença.
O valor de no mínimo R$ 950, para profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal com jornada de 40 horas semanais, deveria, de conformidade a Lei, ser pago integralmente em 2010.

Terço de Férias.
Mais de 70 profissionais da educação estiveram se encaminharam desceram em grupo no percurso sindicato/prefeitura para reunião realizada no gabinete do prefeito.
Os funcionários de escola, recentemente reconhecidos como legítimos trabalhadores e profissionais da educação pela Lei 12.014, também estiveram na reunião, embora não constem no acordo. Preparam eles o caminho para próximas reuniões onde pleiteiam o pagamento do Terço de férias da educação, que desde os dois mandatos do ex prefeito Jose Edvaldo não é pago, embora seja esse um direito garantido em Lei e os 222 servidores da área estão entrando na justiça para garantir o pagamento retroativo a 2002.

Nada resolvido.
Mais uma vez uma reunião com trabalhadores não chega a nenhuma solução. Recebidos pelo chefe de Gabinete, o advogado Murilo Oliveira e por Aroldo, o filho do prefeito, os professores ficaram sem respostas a suas reivindicações, pois ambos, segundo os que estavam na reunião, alegaram não saber e não poderem responder pois Dimas, responsável pelo setor da tesouraria, estava ausente. Nova reunião foi marcada para quarta feita as 16 horas.

Confessionário para pecados do executivo.
Anexo ao amplo gabinete do prefeito, no prédio de construção antiga
da prefeitura municipal de Monte Azul, existe uma ante-sala que foi apelidada de confessionário. Ali se faz a ¨ conversa ao pé do ouvido ¨. É onde se acerta os detalhes que não podem e não devem chegar aos eleitores.
Para essa ¨alcova¨, segundo os que estavam na sala a espera da reunião, o presidente do sindicato, Damastor Alves, foi chamado a ter um particular com o prefeito, opa, com o filho do prefeito e com o secretario Murilo. No momento em que entravam no cubículo os servidores ficaram com ¨a pulga atrás da orelha¨e questionaram entre se a atitude suspeita dos três. O que estaria acontecendo atrás da porta?.
Por sermos ¨persona non grata¨, graças a Deus, a essa administração, evitamos adentrar ao paço municipal se não for para trabalho estritamente necessário. Não presenciamos o episodio que nos foi relatado pelos professores e confirmado pelo presidente do sindicato ao ser questionado sobre o fato. Segundo Damastor os funcionários de confiança da atual administração apenas perguntaram sobre o motivo da reunião e disseram que nada poderiam fazer sem a presença do Dimas. Damastor admitiu que o ¨reuniaozinha¨ não pegou bem para nenhum dos três participantes e que não viu motivo para a ida ao confessionário.

Jogo Sujo.
Para esse escrevinhador o ato foi pensado e efetivado pela administração e tinha como objetivo colocar dúvidas quanto a integridade do presidente, e diretoria do sindicato, pois esse tem colocado carros de som na rua e, pela primeira vez na historia desse município, colocou servidores em ato de protesto nas vias públicas da cidade com faixas e cartazes, e prepara nova greve dos servidores da educação.
O sindicato e sua diretoria estão trabalhando em parceria com o Ministério Publico local e denunciado diversas irregularidades da atual administração, e colocar uma mancha na reputação de seu presidente e na diretoria do sindicato poderia aliviar a pressão sofrida pelo atual governo.
Está viva em nossas memórias a acusação e solicitação de T.C.O na polícia civil feita pelo vereador situacionista Francisco de Assis contra o tesoureiro da entidade, Elson Hermóneges, o Maradona.
Para nós os dois fatos são parte de um mesmo esquema.

2 comentários:

  1. [...]Reunir no gabinete do prefeito com seu filho Aroldo ( que merdaa).
    Esses servidores tem que sofrer mesmo , pois, pelas fotos deu para perceber que grande parte são os fiéis eleitores do Sr. Joaquim de deja( Aroldo ).
    O povo de Monte Azul tem que tomar vergonha na cara e saber votar no seu representante.

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  2. Leia artigo sobre os 20 anos de movimento sindical no serviço público municipal do Estado do Ceará e suas conseqüências no campo político, econômico, social e sindical. Presente, passado e futuro. Leia, comente e divulgue. Acessar em: www.valdecyalves.blogspot.com

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