A cúpula do PMDB antecipou-se à reunião da executiva nacional que estava convocada para a tarde desta sexta-feira e decidiu que aceitará o registro de uma chapa própria do partido para a corrida presidencial.
Os peemedebistas decidirão no voto, na convenção do partido neste sábado, em Brasília, se levarão adiante a candidatura à Presidência do ex-governador do Paraná Roberto Requião, tendo Antônio Pedreira como candidato a vice.
A decisão foi tomada em almoço informal na casa do deputado Eunício Oliveira (CE) e evitou criar desgaste dentro do partido.
Dissidentes da legenda liderados pelo senador Pedro Simon (RS) ameaçaram pedir a anulação da convenção caso não fosse incluído o registro de candidatura própria na pauta do encontro.
A justificativa para a anulação seria a de que o partido "atropela normas partidárias", segundo Simon, ao relegar o nome de Requião como candidato próprio da legenda à corrida presidencial e submeter ao partido "goela abaixo" a indicação do presidente da legenda, deputado Michel Temer (SP), como vice na chapa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
A candidatura de Requião é uma forma de marcar posição dentro do partido. Mas, quando esta afirmação é posta contra ele, a resposta é ríspida. "Por que marcando posição? Estou marcando posição desde que me conheço por gente na militância".
Ele diz não se importar em ser o personagem que irá desfazer os planos do PMDB de lançar o nome de Michel Temer por unanimidade como forma de mostrar um partido unido. "Minha filha, partido sólido só o nazista. Todo partido tem divergências internas", respondeu a uma repórter.
Se ganhar na votação interna, sabe que largara muito atrás dos demais presidenciáveis. "É tarde, mas ainda é tempo". Se perder, já tem outros planos. Se lançará candidato ao Senado pelo Paraná. Apoiará Dilma? "Por que não?", ele devolve a pergunta. "Com uma proposta boa, em uma coligação em que o PMDB não seja a âncora que afunda a coligação para a direita, (apoiaria) com prazer".
Agencia Reuters
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