A entrevista de Fernando Henrique Cardoso para o jornal "The Economist" foi providencial para Aécio Neves. Destruiu o nome de Serra (jogou toda a culpa da derrota no seu colo e, ainda, o chamou de arrogante) e sinalizou para todo partido que a bola da vez dos Tucanos é o senador mineiro.
O problema a ser administrado pelos aecistas é que o ex-presidente FHC disparou contra o PSDB de São Paulo, indignando a base nacional dos tucanos. Parece que FHC se esqueceu que, quando se fala de PSDB, se fala em São Paulo, o que colocou Aécio na mira dos serristas.
O mineiro que se cuide, porque um dos nomes trabalhados pelo PSDB é o de um ex-ministro que tinha portas abertas tanto no governo de Lula quanto no do próprio FHC. Aécio e sua irmã controlam a imprensa mineira com mãos de ferro, mas a imprensa paulista está nas mãos dos tucanos daquele Estado, e podemos esperar mais notícias de farras e drogas do senador mineiro. Tem muitas penas para voarem no ninho tucano.
Estratégia para 2014 em 2012.
A entrevista causou um aprofundamento ou crescimento vertical da campanha de Aécio sem raízes em seu próprio partido(PSDB) e em alguns territórios onde não tem lastro,como o nordeste. Mas a preocupação estratégica de Aécio no momento, dois anos antes do pleito e em ano de eleições municipais, está sendo a vitória em cidades-polo de sua terra natal, Minas Gerais. Para isso sua equipe tem recomendado a suas bases nos grandes colégios eleitorais a esperarem e manterem contatos com Belo Horizonte antes de se comprometerem com nomes e partidos.
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