No dia 12 de janeiro, como faz todos os dias, Hiba Abdul Ghaffar, 13 anos, moradora da cidade de Hebron, saiu de casa, em sua cadeira de rodas, para ir à escola. Perto da mesquita Ibrahimi, um carro aproximou-se e avançou, batendo na cadeira e derrubando-a. Hiba foi levada ao hospital. O motorista fugiu.
No mesmo dia, na vila de EinaBous, perto de Nablus, Angham Omram, 17 anos, também estava a caminho da escola. De repente, foi surpreendida por um carro, que avançou em sua direção e a atropelou. A motorista acelerou e desapareceu. Angham está hospitalizada.
Não, não se trata de mero acaso. As duas garotas foram vítimas de colonos israelenses, que há algum tempo vêm usando seus carros como arma para ferir a população palestina. Os atropelamentos propositais, que antes aconteciam vez ou outra, estão se tornando cada vez mais comuns.
Na terça-feira, 10 de janeiro, Sara Al Ja’bari, de apenas 3 anos, foi atropelada perto da colônia israelense de Kiryat Arba, em Hebron. Dias antes, em 6 de janeiro, um jipe do exército israelense avançou sobre Mahmoud Al-Aw’ar, em Silwan, Jerusalém oriental. Sara e Mahmoud foram levados a hospitais, ela com ferimentos moderados, ele com fraturas em várias partes do corpo.
“Os soldados não permitiram que os médicos locais prestassem os primeiros-socorros a Mahmoud”, denunciou Jawad Siyam, diretor do Wadi Hilweh Information Center, de Silwan. Ele foi levado ao hospital Al Makasid depois de algum tempo, sofrendo dores fortes em consequência da falta de cuidados.
Segundo Ghassan Khatib, diretor do Ministério da Informação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o governo israelense pouco tem feito para evitar que os colonos continuem a cometer esses crimes. “Esses incidentes são parte da violência crescente dos colonos contra o povo palestino, tolerada pelas autoridades de Israel”, diz Khatib.
Os atropelamentos ocorrem nas áreas A e B da Cisjordânia – conforme os acordos de Oslo, a área A é de responsabilidade do governo palestino, ao passo que na B essa responsabilidade é compartilhada com os israelenses – o que significa que a polícia e o governo palestinos poderiam ao menos tentar proteger seus cidadãos. Não estariam, porém, livres de represálias caso fizessem isso, pois, na prática, os acordos de Oslo não são respeitados por Israel, que detém o controle efetivo da Palestina.
Por isso, a Autoridade Nacional Palestina limita-se a anunciar que questionará oficialmente as autoridades israelenses para saber que esforços estão sendo feitos para investigar esses e outros ataques contra palestinos. “As autoridades de Israel precisam mostrar que nenhuma violência envolvendo colonos será tolerada”, acrescenta Khatib, numa clara referência às rápidas medidas tomadas pelo governo sionista contra os colonos que atacaram bases militares israelenses. Eles logo foram identificados e responsabilizados.
No mesmo dia, na vila de EinaBous, perto de Nablus, Angham Omram, 17 anos, também estava a caminho da escola. De repente, foi surpreendida por um carro, que avançou em sua direção e a atropelou. A motorista acelerou e desapareceu. Angham está hospitalizada.
Não, não se trata de mero acaso. As duas garotas foram vítimas de colonos israelenses, que há algum tempo vêm usando seus carros como arma para ferir a população palestina. Os atropelamentos propositais, que antes aconteciam vez ou outra, estão se tornando cada vez mais comuns.
Na terça-feira, 10 de janeiro, Sara Al Ja’bari, de apenas 3 anos, foi atropelada perto da colônia israelense de Kiryat Arba, em Hebron. Dias antes, em 6 de janeiro, um jipe do exército israelense avançou sobre Mahmoud Al-Aw’ar, em Silwan, Jerusalém oriental. Sara e Mahmoud foram levados a hospitais, ela com ferimentos moderados, ele com fraturas em várias partes do corpo.
“Os soldados não permitiram que os médicos locais prestassem os primeiros-socorros a Mahmoud”, denunciou Jawad Siyam, diretor do Wadi Hilweh Information Center, de Silwan. Ele foi levado ao hospital Al Makasid depois de algum tempo, sofrendo dores fortes em consequência da falta de cuidados.
Segundo Ghassan Khatib, diretor do Ministério da Informação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o governo israelense pouco tem feito para evitar que os colonos continuem a cometer esses crimes. “Esses incidentes são parte da violência crescente dos colonos contra o povo palestino, tolerada pelas autoridades de Israel”, diz Khatib.
Os atropelamentos ocorrem nas áreas A e B da Cisjordânia – conforme os acordos de Oslo, a área A é de responsabilidade do governo palestino, ao passo que na B essa responsabilidade é compartilhada com os israelenses – o que significa que a polícia e o governo palestinos poderiam ao menos tentar proteger seus cidadãos. Não estariam, porém, livres de represálias caso fizessem isso, pois, na prática, os acordos de Oslo não são respeitados por Israel, que detém o controle efetivo da Palestina.
Por isso, a Autoridade Nacional Palestina limita-se a anunciar que questionará oficialmente as autoridades israelenses para saber que esforços estão sendo feitos para investigar esses e outros ataques contra palestinos. “As autoridades de Israel precisam mostrar que nenhuma violência envolvendo colonos será tolerada”, acrescenta Khatib, numa clara referência às rápidas medidas tomadas pelo governo sionista contra os colonos que atacaram bases militares israelenses. Eles logo foram identificados e responsabilizados.
Enviado por Baby Siqueira Abrão
Direto de Ramallah p/Brasil de Fato
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