segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fotos de sucuri embaixo d'água em MS viram hit no Facebook

Imagens deixaram usuários desconfiados sobre autenticidade. Biólogo que captou imagens afirma que não há manipulação.
Imagens de uma sucuri sendo fotografada embaixo d'água provocaram debate e viraram hit esta semana no Facebook, quando usuários compartilharam as fotos e fizeram comentários duvidando sobre a autenticidade dos registros.
O biólogo Daniel De Granville, autor das imagens, contou ao G1 que captou o momento em que mergulhadores estrangeiros fotografavam uma sucuri com cerca de sete metros de comprimento no rio Formoso, em Bonito, a 300 km de Campo Grande.
De Granville garante que as fotos são originais e feitas em ambiente natural, sem qualquer manipulação digital além dos ajustes básicos de cores, nitidez e saturação.
As imagens foram captadas em agosto de 2010, em um local distante dos atrativos turísticos da cidade e que não é usado para passeios.
O acesso, segundo o biólogo, é restrito apenas a pesquisadores ou equipes de filmagem. De Granville explica que a sucuri é um animal tímido e tende a se afastar de locais onde há presença humana constante.
“A possibilidade de encontrar um animal deste porte nos passeios visitados pelos turistas que vêm à região é muito remota”, diz.
Em relação ao processo de captura das imagens, o biólogo comenta que esteve acompanhado de fotógrafos chineses, checos e suíços, além do proprietário de uma agência de turismo especializada em filmagens subaquáticas.
“Encontramos um local com mais chances de observá-la e fomos vários dias até lá. Eles conseguiram imagens do animal fora d'água, mas o objetivo principal eram as fotos subaquáticas”, comenta.
Ainda segundo o biólogo, o animal não demonstrou agressividade, e que em nenhum momento houve acidentes ou situações de perigo para a equipe. “É um bicho muito tolerante. Ficamos mais de 40 minutos fotografando, acompanhando”, disse.
Caso um turista se depare com uma sucuri, De Granville lembra que o animal deve ser respeitado em seu habitat. “É fundamental que não se bloqueie sua rota de fuga ou tente irritá-la através da manipulação, cutucadas, barulho”, diz.

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