Privataria é um neologismo em língua portuguesa criado pelo jornalista Elio Gaspari. O termo mescla as palavras privatização e pirataria e foi utilizado para descrever o processo de privatizações de empresas estatais iniciado pelo governo do presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso. Apesar de não constar em nenhum dicionário, o termo vem sendo utilizado pela imprensa e em todos os meios de comunicação.
O termo é constantemente usado como forma de se referir a processos de privatizações realizados por valores discutíveis juntamente com indícios de operações ilegais como o desvio de dinheiro público e lavagem em paraísos fiscais, como denunciou o livro ¨A Privataria Tucana¨ do jornalista Amaury Ribeiro Jr., lançado nesse mês e com a edição esgotada em menos de 2 horas. Amaury revela como FHC e José Serra se beneficiaram com a venda do patrimônio público e se sustenta em documentos comprobatórios publicados em seu livro. Esse está sendo o assunto mais comentado na internet e em todas as rodas de conversas.
Bens municipais á venda em Minas. Privataria?
Tadeu enfrenta resistencia á venda. |
Nessa explosão do assunto, que mostra como possivelmente milhões de reais do contribuinte foi desviado, vemos prefeituras aderirem a venda do patrimônio municipal. A administração pública de diversas cidades mineiras, incluindo aí a capital, estão vendendo lotes, praças e até ruas, para fazer caixa. Prefeituras pequenas, na falta de outros bens, leiloam veículos, motos, ônibus, tratores e até ambulâncias. Muitos desses bens com pouco tempo de uso.
Para reforçar o caixa em pelo menos R$ 140 milhões e investir em projetos habitacionais, a Prefeitura de Belo Horizonte tenta a venda, por meio de leilões, de 119 terrenos e imóveis pertencentes ao município. A administração pública de Montes Claros, divulgou a venda de parte da Praça de Esportes e 24 lotes. Serão vendidos terrenos nos bairros: São José, Edgar Pereira, Ibituruna, Morada do Sol, JK2, Canelas, Loteamento das Acácias, Melo, Raul Lourenço, Vila Atlântida, Nossa Senhora Aparecida, Belvedere, Novo Jaraguá, Carmelo e Jardim Panorama. A alegação do prefeito Luiz Tadeu Leite é de que os recursos angariados com a venda dos lotes - em torno de R$ 10.500.000,00 - serão empregados em mais de 25 km de asfaltamento de vias públicas.
A prefeitura de Catuti, que nesse mandato não comprou nenhum veículo, está leiloando 3 ônibus, 2 vans,microônibus,Toyota cabine dupla, 3 automóveis e o único trator tipo moto niveladora do município, além de 2 motos. A administração estará dispondo dos bens públicos em troca de, no mínimo, 92 mil reais.
A prefeitura de Mamonas colocou em leilão a ser realizado semana que vem 6 automóveis Fiat, duas vans e 4 motos,onde, pelos lances mínimos a prefeitura poderá arrecadar 61 mil reais. A prefeitura de São João da Ponte,também na próxima semana, disponibilizara 34 veículos e moto-niveladora e poderá arrecadar mais de 200 mil.
Medo de privataria e descontentamentos geram protestos
Nessa onda de privatização dos bens públicos os moradores dos municípios ¨atingidos¨, eleitores ou não, se preocupam com a possibilidade de privataria com esses bens.
Mesmo o termo utilizado sendo novo, a prática de desvio de dinheiro e bens do patrimônio público é fato antigo, mesmo de verbas e bens idos a leilão. Vai o patrimônio, e os moradores não vislumbram atos ou benefícios advindos das verbas arrecadadas.
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