Na próxima
quinta-feira, 25 de abril, ocorrerá o Dia Nacional de Alerta aos Planos de
Saúde, com a realização de atos públicos, passeatas e paralisações parciais em
todo o país.
O protesto é
organizado pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de
Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e visa denunciar os
abusos praticados pelas operadoras privadas de planos de saúde. É o terceiro
ano consecutivo em que as entidades nacionais saem às ruas para lutar pelos
direitos da categoria e para exigir a melhoria do atendimento aos usuários que
gastam fortunas no setor.
Numa carta aberta à população, as entidades explicaram os motivos do
protesto e apresentaram a pauta de reivindicações dos médicos. Nela consta,
entre outros pontos, o reajuste das consultas e procedimentos, a partir de
critérios a serem definidos em cada Estado, usando como referência a CBHPM
(Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos). O movimento
também apóia o projeto de lei 6.964/10, que garante reajustes anuais aos
médicos, uma vez que as empresas se recusam a negociar.
Segundo o jornal
Hora do Povo, o protesto nacional de quinta-feira servirá para aumentar a
mobilização e organização dos trabalhadores do setor, inclusive na perspectiva
de uma paralisação. "Não se trata de uma ameaça, mas sim de um alerta.
Médicos em todo o Brasil informam aos 48 milhões de usuários de planos de saúde
que poderá haver a suspensão de serviços daquelas operadoras que não cumprirem
as reivindicações mínimas expostas pelas entidades da classe. Os médicos se
mostram decididos a lutar por seus direitos e por uma saúde melhor”, afirma
Sandra Franco, presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde.
Por
Altamiro Borges
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