sábado, 9 de janeiro de 2010

Morte na construção da sede do governo de MG



A morte do operário Luiz Carlos da Silva durante as obras no Centro Administrativo, futura sede do governo de Minas Gerais, foi confirmada pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado, Oswaldo Borges, no dia 06/01, uma semana após o falecimento do trabalhador. Ontem, 07/01, auditores do Ministério do Trabalho inspecionaram o local para identificar as causas do acidente. O laudo deve ser concluído em 30 dias. A construção é alvo de denúncias do órgão que reclama das péssimas condições de trabalho dos 3.200 operários.
 De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção, Osmir Venuto, o governo de Aécio Neves tentou ocultar a morte para não evidenciar a situação precária dos trabalhadores: “A morte aconteceu no dia 31/12 e somente agora o sindicato foi informado. Mesmo assim foi preciso garantir ao operário que nos comunicou que seu nome seria mantido em sigilo”. “Agora vamos exigir que o governo mineiro seja responsabilizado pela falta de segurança que, certamente, causou a morte de nosso colega”, disse.
 Em novembro, cerca de 800 trabalhadores interditaram a MG-010, em frente ao prédio, para denunciar que as refeições servidas no canteiro de obras estavam provocando intoxicação alimentar. De acordo com o sindicato, 400 homens foram socorridos após ingerir os alimentos fornecidos pela concessionária. Osmir diz que os banheiros químicos são outro problema: “Existe uma norma que determina um banheiro para cada 20 operários. Somos 3.200 trabalhadores e temos apenas oito banheiros”.

Superfaturada, obra esvazia cofres
Para garantir o termino da construção do Centro Administrativo na capital do Estado Aécio Neves esvaziou os cofres de todos os órgãos do governo, que passam pela pior crise interna e calados, pois os chefes desses órgãos foram indicados pelo governo. O Hospital da UNIMONTES, Universidade Estadual de Montes Claros,está com seus cofres em condições lamentáveis e no papel a contabilidade, segundo trabalhador do setor que prefere o anonimato,mostra uma ralidade diversa da vivenciada pela diretoria. A nova sede do governo de Minas teve orçamento inicial de 487 milhões de reais e depois foi revisto para 1,4 bilhão.


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