sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ALMG recebe denúncia de ameaças de morte em Fruta do Leite


Policia bateu em populares e agora ameaça mulher.

Rixa política nesta cidade do Norte de Minas veio a público em audiência da Comissão de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou sete requerimentos, sendo cinco deles para a realização de audiências públicas, em reunião extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira (8/11/2012).  O ponto alto da reunião foi o depoimento de Lacir Néri da Silva, que mora em Fruta do Leite, no Norte de Minas, e denunciou ter recebido várias ameaças de morte de um cabo da Polícia Militar lotado naquela cidade, em mais um episódio da escalada de violência que começou após as eleições de 2010. Ela respondeu a perguntas dos deputados Sargento Rodrigues (PDT), que presidiu a reunião, Rogério Correia (PT) e Ulysses Gomes (PT).
“Dona Lalá”, como é mais conhecida no município, diz ter denunciado as ameaças à Polícia Civil da cidade, mas, segundo ela, nenhuma providência foi tomada. Por esse motivo, o deputado Rogério Correia apresentou requerimento pedindo o envio das notas taquigráficas da reunião e solicitando esclarecimentos à Corregedoria da Polícia Civil.
“Tudo começou em 2010, quando o povo de Fruta do Leite foi para a praça da cidade comemorar a derrota do prefeito, que perdeu a eleição para deputado. De repente, apareceram policiais militares até de cidades vizinhas e espancaram todo mundo. Não respeitaram nem mulheres e crianças. Até as pessoas que saíam da missa foram vítimas. Eu e um amigo, que também foi ameaçado, ajudamos a socorrer os feridos e desde então esse cabo nos persegue. Mas ele também aterroriza o povo da cidade e ninguém faz nada”, conta.
Na mesma reunião, Sargento Rodrigues teve requerimento aprovado para realizar audiência pública visando a apurar suposta usurpação de função pública praticada pelo comando do 28º Batalhão da Polícia Militar em Unaí, no Noroeste do Estado. Segundo o parlamentar, tem se tornado comum no âmbito da corporação a prática de se “legislar por memorando”.
“É uma indústria de memorandos. Estão usurpando uma competência do Poder Legislativo. Em Unaí, um memorando instituiu um formulário de licença médica que estabelece que uma viatura vá até a casa do policial militar que estiver afastado do serviço para conferir se ele está mesmo de repouso. É um absurdo, um constrangimento ilegal e uma invasão da intimidade da vida privada, quando a Constituição Federal diz que a casa das pessoas é um asilo inviolável”, aponta.

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