O então prefeito
de Catuti, Jose Barbosa (Zinga) e o Movimento Amigos do Trem Baiano tinham
conseguido preliminarmente colocar o trecho Janaúba/Bocaiúva na lista dos
prováveis a serem averiguados pela COPPE/UFRJ em estudo de viabilidade
contratado pelo BNDES. O trecho esta entre os 64 trechos estudados
anteriormente e cumpre com o principal critério exigido que seria um trecho de
até 200 km de extensão com baixa ou nenhuma ocupação em termos de trafego de
cargas, e servindo a pelo menos uma cidade com mais de cem mil habitantes, no
caso, Montes Claros. Com a saída de Zinga da prefeitura e arrefecimento do movimento
com acidente do presidente, e por não haver politico no Norte de Minas com
poder e interesse pelo Trem Baiano e pelo Trem do Sertão, aos poucos a região
foi sendo esquecida pelos órgãos e Brasília. O baque culminou com o afastamento
do Dr. Afonso Carneiro Filho da diretoria de Assuntos Institucionais do
Ministério dos Transportes. A diretoria foi extinta pelo ministro Paulo Sérgio
Passos para afastar um petista que não se deixou levar e se posicionou
contrario a onda de corrupção que assolou o ministério fazendo rolar cabeças,
todas do PR- Partido da República.
Os
estudos de viabilidade técnica dos Trens Regionais de Passageiros servira de
base para implantação de Trens pelo governo, municípios ou por empresas que se
disponibilizarem, com financiamento do BNDES, a circular com passageiros nos caminhos
de ferro.
Da lista
de 64 trechos em 19 estados brasileiros, com base nestas diretrizes, e diante
da grande diversidade de situações apresentadas, foram escolhidos nove trechos
para estudo – dois no Nordeste, quatro no Sudeste, um deles em São Paulo e três
na Região Sul. Dois ultrapassaram as fronteiras estaduais, ambos entre Minas
Gerais e São Paulo. Não foram selecionados, para detalhamento, trechos situados
em Regiões Metropolitanas que já dispusessem de transporte ferroviário de
massa.
Foram
escolhidas, para estudo de caso, as seguintes ligações (em ordem geográfica
norte-sul):
1) Fortaleza – Sobral, no Ceará (NE
– trecho 5);
2) Cabedelo – João Pessoa – Campina
Grande, na Paraíba (NE – trecho 11);
3) Vitória – Cachoeiro de
Itapemirim, no Espírito Santo (SE – trecho 1);
4) Itatiaia – Volta Redonda, no Vale
do rio Paraíba, Rio de Janeiro (SE – trecho 4);
5) Cruzeiro – Varginha, no sul de
Minas Gerais, alcançando o Vale do rio Paraíba, em São Paulo (SE – trecho 11);
6) Campinas – Poços de Caldas, entre
os estados de São Paulo e Minas Gerais (SP – trecho 6);
7) Maringá – Londrina, no Paraná (SE
– trecho 1);
8) Caxias do Sul – Bento Gonçalves,
na serra gaúcha (S – parte do trecho 7); e
9) Pelotas – Rio Grande, no extremo
sul do Rio Grande do Sul (S – trecho 12).
Não estando
na lista dos 64 trechos, surgindo depois, o Trem Brasília-Anápolis-Goiânia
passou a fazer parte da lista
REGIÃO
|
TRECHOS
|
· NORTE
· NORDESTE
· SUDESTE (Exceto SP)
- SÃO PAULO
· SUL
· CENTRO-OESTE
|
-
21
12
14
12
5
|
TOTAL
|
64
|
A
sobrecarga das rodovias e a busca por um transporte de menor custo e mais
limpo, colocam o transporte regional como uma alternativa segura e altamente
eficaz.
Em
diversas partes do mundo observa-se que o trem regional de passageiros é um
sistema de conexão territorial. Numerosos estudos internacionais comprovam a
importância das ligações regionais, onde cidades ou regiões de menor porte se
ligam a grandes centros urbanos. Enquanto isso, por falta de vontade politica,
a região se afasta desse modal de transporte.
OPORTUNIDADE DE RETORNO AO MOVIMENTO.
A
principal cidade do norte de Minas, Montes Claros, elegeu um prefeito que
utilizou em sua propaganda eleitoral no horário gratuito do rádio e televisão a
inclusão do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos – na sua proposta de governo. E pela
primeira vez o Governo Federal elabora reunião pública em Brasília para
discutir Trens de Passageiros.
A Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes
promovem no próximo dia 21 de novembro de 2012, em Brasília, o Seminário sobre
trens de passageiros.
Neste
seminário – TRENS REGIONAIS – Uma Necessidade que se Impõe – pretende-se reunir
os governos federal, estadual e municipal; parlamentares, indústria, fundações
e associações ferroviárias; empresários, concessionários, centro de estudos
universitários, consultores, e demais atores do setor, para que lhes sejam
apresentadas as opções existente de trechos para trens regionais no país.
Essa
seria a oportunidade para os prefeitos eleitos nas cidade do trecho
Janaúba/Bocaiúva: Yuji Yamada, de Janaúba; César Emilio, de Capitão Enéas: Ruy
Muniz, de Montes Claros; Ricardo Veloso, reeleito em Bocaiúva, estarem
presentes ou mandarem representantes para, além de se atualizarem, mostrarem
que a população do norte de Minas querem se alinhar ao restante do mundo, onde
trens são soluções para transporte ecológico, rápido, seguro e barato.
A
Programação, inscrições e outras informações estão disponíveis em http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/18453.html
ANTT
Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Bloco J, Ed. CNT, Torre A, 5° Andar,
Sala 510 – CEP: 70.070-010 Brasília/DF
Tel/Fax: (61) 3322-3158 / www.anptrilhos.org.br
Planejar trens de alta velocidade -TAV antes de trem regional de passageiros é colocar a carroça na frente dos bois, e se governar é definir prioridades, entendo ser as prioridades no Brasil para o sistema ferroviário pela ordem;
ResponderExcluir1º Trens suburbanos e metrôs domésticos;
2º Ferroanel com rodoanel integrados com ligação Parelheiros Itanhaém, para cargas e passageiros;
3º Trens de passageiros regionais;
4º TAV.
E com relação ao cenário mundial seria;
1º Integração Nacional;
2º Integração Sul Americana;
3º Integração com o Hemisfério Norte.
Trens de passageiros regionais são complementares ao futuro TAV, e não concorrentes, pois servem a cidades não contempladas, inclusive Campinas com mais de 1,2 milhões de habitantes e potencial maior do que alguns estados, e muitas capitais do Brasil, portanto comporta as duas opções.
Pelo proposto as mesmas composições atenderiam de imediato aos trens regionais planejados nas maiores cidades brasileiras ~150 km/h utilizando alimentação elétrica existente em 3,0 kVcc, a curto prazo, já dando a diretriz do Plano Diretor quando fossem utilizadas no TAV, aí utilizando a tensão e corrente elétrica de 25 kVca, com velocidade max. de 250 km/h, uma vez que já foi determinado pela “Halcrow” velocidade média de 209km/h para o percurso Campinas Rio previsto para após o ano de 2020, se não atrasar como a maioria das obras do PAC, ou seja longo prazo, este modelo é inédito no Brasil, porém comum na Europa.
Para esclarecer; Não se deve confundir os trens regionais de até 150 km/h com os que existiam antigamente no Brasil, que chegavam a no máximo aos 90 km/h por varias razões operacionais, e o fato de trens regionais e TAV serem de operações distintas não justifica que não tenham que se integrar, sendo que para a estação em SP o local sairá em locais paralelo a CPTM entre Mooca e Barra Funda, podendo ser criada a estação Nova Luz, no lado oposto em que se encontra a Júlio Prestes.
No mínimo três das montadoras instaladas no Brasil além da Embraer tem tecnologia para fornecimento nesta configuração, inclusive os pendulares Acela e Pendolino que possuem uma tecnologia de compensação de suspenção que permite trafegar em curvas mais fechadas com altíssima porcentagem de nacionalização.
Fala-se de integração ferroviária Sul Americana, e as principais economias após o Brasil são a Argentina, e Chile, e ambos, possuem a bitola de 1,67 m, (Indiana),sendo que só a Argentina possui mais de 23 mil km, o que corresponde, a ~4 vezes mais km que a correspondente brasileira, e km praticamente igual a métrica, e em consulta a técnicos argentinos e chilenos, os mesmos informaram serem infundadas as informações de que circulam no Brasil de que está sendo substituída por 1,43m, e se um dia esta integração ocorrer, ela será feita com a bitola métrica, que já são existentes em outros países, como Bolívia, Colômbia e Uruguai, além dos mencionados, tratando-se portanto de premissas equivocadas plantadas pelos defensores da bitola de 1,43 m.
Mas, quanto ao TAV (Trem de alta velocidade), hum, este não sei não, teve um ex ministro de nome Bernardo, que no início do ano de 2011, deu a seguinte declaração à mídia; ”Trens regionais de passageiros poderão trafegar nas futuras linhas exclusivas do TAV”, assim como acontece na Europa. Ufa, até que enfim o bom senso prevaleceu! Esta era uma noticia que sempre esperava ouvir, e desde a década de 70 se fala dele e agora a previsão é para após 2020, e poucas coisas estão definidas, como estações, trajeto etc, e o modelo projetado é independente, e bitola divergente dos trens regionais existentes 1,6m e que trafega tanto como Trem regional, ou como TAV, portanto pode se afirmar que embora a intenção seja louvável, existe uma contradição do que se falou, e o que esta sendo planejado, além disto aqui, e as obras deste porte tem até data para começar, mas a sua conclusão, nem a futurologa mãe Dinah consegue prever!
”Alternativa tecnicamente melhor para Goias, Minas e São Paulo de expansão e trajeto da ferrovia Norte Sul”
ResponderExcluirProposta de extensão do trajeto para linha ferroviária Norte Sul, que além de mais vantajosa com relação à proposta original, que está planejada para passar pelos extremos oeste mineiro, Limeira do Oeste e Iturama, e paulista em Santa Fé do Sul em locais de baixas demandas e fluxo de cargas, além de um custo e tempo muito maior para a implantação e operação a se somar aos vários anos paralisadas, ela é extremamente benéfica, econômica, de mais rápida utilização e tecnicamente mais conveniente principalmente para uma região importantíssima em Minas, o Triângulo Mineiro, que de sua divisa com Goiás no município de Itumbiara como Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal, até adentrar ao centro norte de São Paulo na cidade de Colômbia, se irá restaurar, reaproveitar e revitalizar praticamente 100% das malhas paulistas e mineiras existentes rumo ao interior que hoje se encontram ociosas ou subutilizadas, além do fato de terminar exatamente no mesmo local, o município de Panorama, podendo eventualmente ser utilizada para os futuros trens regionais de passageiros, algo que se torna inviabilizado se for mantida a atual proposta original política, ou ainda por Araguari, Uberlândia, Uberaba e Campinas atualmente servidas por uma ferrovia particular, que poderá ser revigorada, uma vez que hoje funciona de forma precária a F C A antiga Mogiana que recentemente devolveu centenas de km de linhas e utiliza a bitola métrica e poderá instalar a mista e que finalmente poderá ter sua ligação com São Paulo rumo ao porto, que é logisticamente mais conveniente, evitando que haja um trajeto inútil “passeio” pelo interior, e mais centenas de km de ferrovia tenham o mesmo destino, ou seja o sucateamento.
O texto complementar completo referente ao estado de SP pode ser visto em “Abrir os gargalos” na Revista Ferroviária, ou em São Paulo TREM jeito, onde consta um mapa ilustrativo.
“Como conseguir 700 km de ferrovias a custo mínimo”
Paulo Roberto Filomeno