As alterações no Código Eleitoral, na Lei
das Eleições (Lei 9.504/97) e na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95)
implicam em certa limitação na propaganda eleitoral de rua;
- As placas diminuíram de tamanho para 0,5
metro quadrado e só são admitidas em papel ou adesivo;
-Cavaletes e bonecos estão proibidos;
-Veículos não poderão mais ser envelopados;
-Encurtamento do prazo de campanha
eleitoral (para 45 dias);
-Os gastos de campanha foram limitado a 70%
da eleição anterior
-Na montagem de chapas os partidos e
coligações podem lançar chapas com 150% do número de vagas; em municípios com
até 100 mil eleitores, só as coligações podem lançar 200% das cadeiras e na
contagem de votos.
O partido tem que alcançar o quociente
eleitoral, o candidato só ocupa a cadeira se tiver votos de no mínimo 10% do
quociente eleitoral.
O candidato de 2016 tem que pensar numa
nova forma de fazer política. Campanhas cheias de santinhos, placas, carros de
som, carros envelopados, comícios, TV e rádio, são coisas do passado.
O que temos pela frente é uma campanha que
deverá cativar a atenção do eleitor por meios muito mais ágeis e baratos:
postura séria e uso da internet.
Mudança de Foco.
A propaganda eleitoral começa só em 16 de
agosto/2016 e somente a partir de então pode-se pedir votos, utilizar números
de campanha, fazer materiais gráficos (santinhos, adesivos, etc). Mas desde já
a internet é um campo vasto para iniciar o processo de cativar a atenção do
eleitor.
Desde que não haja pedido de voto, nem
menção à número de candidatura, é possível utilizar Youtube, Facebook, WhatsApp,
Linkedin, Twitter, enfim, redes sociais, para criar oportunidades de alcançar
pessoas e mostrar posicionamento político-econômico-social.
Assim, é permitido, em redes sociais, e de
forma gratuita, manifestar o pensamento político, opinar sobre questões
relevantes da política de seu Município, Estado ou País, afirmar que pretende
ser candidato (não confundir manifestação de pretensa candidatura com afirmação
de que é candidato, e nunca pedir voto). É permitido criar um blog e através
dele escrever artigos, mini artigos, opiniões, e postar os links no Facebook. É
permitido criar um canal no Youtube, gravar selfies (mini vídeos)
manifestando-se sobre questões relevantes de política, economia, saúde,
educação, mostrando as bandeiras que defende em prol da população, projetos,
ideias, críticas respeitosas e construtivas, carregando-os no Youtube e depois
postando links no Facebook.
Faça de seu Facebook um local de
convergência de suas ações; participe de reuniões comunitárias e partidárias e
mantenha sua página atualizada; opine, manifeste por meio de textos e mini
vídeos suas opiniões; mostre as bandeiras nas quais trabalha ou que quer vir a
trabalhar (saúde, educação, emprego, segurança, etc) e elabore uma postura em
torno disso. Começando desde já, pode-se alcançar um grande número de pessoas
gratuitamente e de forma rápida, tornando-se um pré-candidato conhecido e
respeitado pelos seus seguidores.
Vale frisar: pré-campanha não autoriza que
se faça um banner com a afirmação “SOU PRÉ-CANDIDATO” e publique nas redes
sociais ou em seu Blog. Pré-candidatura é manifestação de ideias, projetos, opiniões
mediante textos, entrevistas e até vídeo-selfies, mas de forma cuidadosa.
Exemplificando: faça um texto ou grave um vídeo-selfie opinando sobre questões
relevantes, ou apresentando ideias, e no final utilize “pretendo ser
candidato”.
Valem algumas dicas:
· Não diga que é candidato. Diga que é
pré-candidato;
· Não crie banners de pré-candidatura para
postagem na internet;
· Não peça votos;
· Em suas manifestações na internet, não
faça menção a futuro número de campanha, nem número do partido;
· Não faça, nem distribua, materiais
gráficos de qualquer natureza;
· Se for fazer vídeo-selfies, prepare o
texto antes, poucas linhas; não improvise se estiver inseguro, treine antes e
grave um vídeo que passe sua mensagem de forma clara e rápida; grave vídeos
curtos, mas que mostrem seu posicionamento e as bandeiras que defende. Sugestão
de temas:
- Corrupção;
-Problemas sociais e formas de
enfrentá-los;
- Ideias para solução de problemas
específicos da cidade.
No final pode dizer “pretendo ser
candidato”.
Poste em seu Facebook e em seus grupos de
WhatsApp fotos de reuniões comunitárias e partidárias das quais participa com
um texto curto identificando de que se trata, mostrando sua atuação ativa junto
à sociedade e junto à vida partidária. No final do texto, pode dizer “pretendo
ser candidato”.
· Escreva mini artigos, pequenos textos que
demonstrem seu posicionamento, eventuais ideias para problemas pontuais que vão
de encontro ao interesse das pessoas; repetindo, no final do texto, pode dizer
“pretendo ser candidato”.
· Se criar um Blog, e postar artigos,
comentários, publique o link no seu Facebook;
· No Facebook, adote uma conduta única; de
nada adianta postar trabalho comunitário, participação em reuniões,
posicionamento político, e depois postar um vídeo ou banner de mau gosto;
mantenha uma conduta linear, tenha uma postura séria, cuide bem de sua imagem.
· Cuidado com o excesso de postagens num só
dia, as pessoas podem se cansar; utilize poucas fotos e textos curtos; não
bombardeie as pessoas com excesso de informações;
· Não repasse correntes; não crie polêmicas
desnecessárias com posicionamentos radicais sobre temas que ferem a liberdade
individual das pessoas, como religião, orientação sexual, etc;
· Analise a viabilidade de transformar seu
perfil de Facebook em página, pois os mecanismos de controle estatístico podem
ser uma boa ferramenta para medir o resultado de seu marketing pessoal;
· Quer saber de que assunto pode falar? Que
bandeiras defender? Informe-se. Interesse-se. Leia jornais diariamente. Os
jornais estão na palma de sua mão, na tela do seu celular, gratuitamente, basta
baixar aplicativos e os terá 24 horas à sua disposição. Leia, saiba o que está
acontecendo, entenda as situações políticas, acompanhe os índices econômicos e
sociais do país e de seu município, e com isso, rapidamente estará apto a falar
e escrever sobre estes temas de forma coerente.
· Sempre consulte as fontes. Não fale de
coisas que não tenha certeza. Não repasse informações exageradas, tendenciosas
e que podem estar publicadas em sites não confiáveis. Não apresente índices sem
consulta às fontes confiáveis.
Aproveitemos das permissões legais para
mostrar dignidade, preocupação com o bem comum.
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