Auditores-fiscais da Receita Federal decidiram em
assembleia neste final de semana cruzar os braços duas vezes por semana até
Temer cumprir acordo com a categoria. Mais servidores podem decidir pela greve
pelo mesmo motivo.
Uma onda de
greves toma conta da Esplanada. A demora do Senado em aprovar aumento de uma
parcela de servidores e a recusa do Palácio do Planalto em enviar outros
projetos de lei com reajuste salarial para nove carreiras que assinaram acordo
no apagar das luzes da antiga gestão criaram um barril de pólvora. Era
exatamente o que o presidente interino Michel Temer queria evitar ao ir
pessoalmente ao Congresso, no início do mês.
Porém, em meio à
reação negativa do mercado com a expansão nos gastos públicos, o processo
empacou. Indignados, os auditores-fiscais da Receita Federal decidiram, em
assembleia neste final de semana, cruzar os braços duas vezes por semana. O
prejuízo à sociedade, a cada dia que a categoria fica parada, é de
aproximadamente R$ 1,5 bilhão, segundo cálculos do Sindicato Nacional
(Sindifisco).
"Foi
aprovada paralisação total às terças e quintas-feiras. Nos outros dias, faremos
operação padrão (fiscalização mais rigorosa na liberação de cargas e bagagens
nas aduanas, portos e aeroportos)", contou Cláudio Damasceno, presidente
do Sindifisco. Esse movimento permanece, disse, até que o governo cumpra os
acordos salariais.
Os técnicos do
Banco Central entraram em greve, por 48 horas, desde ontem. Hoje, recebem o
apoio dos analistas e fazem um ato de protesto conjunto em frente às sedes do
órgão, às 9h30, em todo o Brasil. Depois, seguirão ao Senado, para impedir
emendas ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 36/2016 - além do reajuste salarial,
traz no texto a modificação do critério de acesso ao cargo de técnico, de nível
médio para nível superior.
Com Diário de Pernambuco - 12/07/2016
Com Diário de Pernambuco - 12/07/2016
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