O Colégio Tiradentes, instituição da polícia militar de Minas Gerais, tem sido palco de denúncias envolvendo professores suspeitos de abusarem sexualmente de alunas adolescentes no educandário, em Montes Claros.
Revoltado, o pai de uma adolescente esteve na redação do jornal O NORTE DE MINAS e informou que o professor de educação física Maurício abusou sexualmente de sua filha há dois anos, quando ela tinha 14 anos de idade, rompendo o hímen da estudante. Segundo o pai da aluna, diversas vezes o professor galanteador levou a garota para vários motéis na cidade e para sua casa, localizada no Bairro Delfino.
Depois de várias conversas com a filha, ela resolveu contar para a família tudo que o professor fazia com ela. De posse das informações, a família resolveu procurar a corregedoria da PM, que abriu uma sindicância para investigar o caso.
Ainda de acordo com o denunciante, um vice-diretor da instituição conhecido pelo nome de Cássio também aliciou diversas estudantes na escola, mas já foi excluído do educandário. Há informações também de que um sargento da PM que trabalhava na escola usava do poder de polícia para aliciar as adolescentes.
Em contato com o assessor de comunicação do 50º batalhão, capitão Alberto, responsável pela investigação da sindicância instaurada, ele se disse surpreso com o vazamento das denúncias e afirmou que está investigando o caso, mas que, para não atrapalhar as investigações, nenhum fato foi divulgado à imprensa. Além disso, somente o comando da 11ª RPM poderia falar sobre o assunto.
O pai da adolescente afirmou que possivelmente existe uma rede de pedofilia na instituição militar, onde diversos funcionários faziam de conta que nada de anormal estava acontecendo. Franklin afirma ainda que o atual comando da 11ª RPM tomou posse no início do mês de fevereiro deste ano e não responde pelo que acontecia na instituição nos anos anteriores. Ele diz que somente dois casos chegaram à corregedoria da PM. O primeiro caso, envolvendo o vice-diretor Cássio, já foi apurado e ele não pertence mais ao grupo de professores do colégio. O segundo caso, envolvendo o professor, o comando está esperando a conclusão da sindicância para tomar as devidas providências. Embora o nome da diretora Elisabeth esteja aparecendo nas denúncias, o comandante tenente coronel Franklin de Paula e o sub-comandante Amauri Machado foram convictos em afirmar que a atual diretora é uma mulher de caráter, séria, educada, honesta e mãe de família, o que a inocenta das denúncias.
- Ela atuou corretamente em todos os casos, disse o Ten. Cel Franklin.
Ele afirmou que, quanto ao sargento Melgado, que também tem o nome citado nas denúncias, há mais de um ano ele não trabalha na instituição e foi deslocado para o batalhão da cidade de Janaúba.
Questionado sobre o caso do suicídio do sub-tenente Leão, na tarde de 15 dezembro do ano passado, em que há informações de que uma aluna de 15 anos estaria grávida do policial, o comandante foi taxativo em afirmar que a PM não trabalha com hipóteses, mas com fatos concretos.
- Nós trabalhamos com fatos concretos. Nenhum fato sobre essa possível gravidez foi denunciado na corregedoria. O único fato que temos é de uma carta encontrada pela perícia junto com o sub-tenente, na qual ele dizia que estava devendo a agiotas na cidade - disse.
O comandante finalizou firmando um compromisso com a reportagem de que, em 30 dias, o caso envolvendo o professor de educação física e a adolescente será concluído e o culpado será encontrado. Reportagem: Rubens Santana
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