quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

COMUNIDADE DENUNCIA SUPERFATURAMENTO NA CONSTRUÇÃO DE QUADRA POLIESPORTIVA


Uma quadra poliesportiva construída na comunidade de Pajeú, a 15 quilômetros de Monte Azul, e que por projeto do presidente da câmara municipal recebeu o nome de Valmiral Gonçalves Dias, é motivo de polemica entre os moradores do lugar.

A primeira questão colocada a nossa reportagem foi que o terreno onde foi feita a obra pertence a associação dos pequenos produtores da comunidade de Pajeú, e o atual presidente Antonio Carlos Cardoso faria, que exerce o cargo a 8 anos, não foi sequer consultado e as obras começaram e terminaram sem a aprovação do conselho. No mesmo terreno tem duas construções, um armazém comunitário construído com verbas publicas no pleito de Valmiral e a sede da associação que esta cedida para funcionamento da escola municipal Antonio de Oliveira Neto.

A outra divergência é quanto ao custo da obra. O recurso é da Secretaria de Estado de Esporte e Juventude, convenio 413/2009. O Estado entrou com o montante de R$62.832,00 e o município com a contra partida de R$ 3.351,74 para a construção de uma quadra poliesportiva com iluminação e alambrado. Obra executada por empreiteira de Mato Verde, e segundo informações, a mesma que recebeu R$ 278.085,50 para reforma e ampliação do matadouro de Monte azul (convenio 33683 6566 da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas).

A administração passada do município recebeu R$ 45.000,00 (convenio 125.766-97 – PRODESA) para construção não de uma, mas de duas quadras poliesportivas, e a população questiona  a ¨inflação¨entre os dois mandatos. Segundo o empresário Geraldo Cesar Moreira, o Cesar do Pajeú, em visita as obras diz que não é nenhum expert em construção, mas que se somar a possível quantidade de material gasto e a mão de obras e ainda não esquecendo um lucro licito a quadra deveria ter preço máximo de 30 mil. Cesar lembra que não foi gasto um centavo com ligação de água e eletricidade nem com a aquisição do terreno, mas que nas áreas adjacentes um terreno do mesmo tamanho ficaria barato, pois lotes naquela comunidade não é tão valorizado.

A convite de Cesar esteve também visitando a obra o vereador Marcilio. O edil também coloca duvidas no montante gasto, mas afirma que ira entrar em contato com sua base de apoio na assembléia legislativa de Minas para ter em mãos o projeto e o plano de trabalho. Ele pretende verificar as especificações técnicas, tipo diâmetro da tela e dos postes do alambrado, e mesmo o tamanho, pois quando se adentra a quadra parece que ela não tem a mesma dimensão de outras quadras do município.

Um comerciante que prefere se manter anônimo por medo de retaliação, disse que a obra com toda certeza esta fora do preço e questiona os rumos tomados pela ¨sobra de capital¨, além de questionar a falta de consulta a comunidade. Acrescenta o comerciante que ele preferiria que a quadra fizesse parte de um complexo recreativo que poderia se localizar próximo ao rio, pois hoje as águas do Pajeú é o principal atrativo do lugar e uma pequena infra estrutura no lugar ajudaria ao esporte e também ao turismo.

Segundo familiares do presidente da associação dos pequenos produtores, Antonio Faria se desligara da organização pelo desprezo da administração com os moradores do lugar. O mandato venceu ontem e ele não aceita ser reeleito.
  
É muito dinheiro que esta em jogo e não podemos aceitar a possibilidade de utilizarem o nome do lugar para desvio de verbas públicas, tem que ser investigado o caso e se houver irregularidades o ministério publico tem que ser acionado, afirma César.

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