terça-feira, 1 de novembro de 2011

Críticas revelam preconceito contra ascensão de Lula, avalia pesquisadora

A notícia de que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva passará por um tratamento contra câncer na laringe no hospital Sírio Libanês foi recebida com protestos em redes sociais. Na internet, um grupo pede que o petista utilize hospitais públicos e o Sistema Único de Saúde (SUS). Para a pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Sandra Regina Nunes, "as críticas se apoiam no fato de Lula ter sido analfabeto e se tornado presidente, de ele ter ascendido".
- Por que não se faz uma manifestação para que todo mundo use o SUS? A questão é menos de fidelidade com os ideais políticos e mais um preconceito. É como se questionassem: "Por que Lula tem que se tratar no Sírio Libanês? O lugar de onde ele veio não permite que isso aconteça" - questiona Sandra, membro do Laboratório de Estudos da Intolerância e professora de comunicação da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).
Uma campanha no Facebook pedindo que Lula se trate no SUS já ganhou mais de 800 adeptos. Os internautas também se organizam para divulgar as críticas em sites de notícias. A rede de TV internacional CNN, por exemplo, publicou a informação sobre a doença do ex-presidente e recebeu uma série de comentários irônicos de brasileiros sobre o sistema de saúde nacional.
Dayanne Sousa no Terra Magazine
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Um comentário:

  1. Absolutamente nada a ver...
    Lula deveria se tratar no Hospital Público para ver os progressos de seus 8 anos de governo, não por causa de suas origens. A preconceituosa, no caso, é a pesquisadora da USP com sua constatação infeliz. O protesto não tem como objetivo desejar mal a saúde do ex-presidente e, sim, uma conscientização para a qualidade do atendimento público (não só o SUS, mas os hospitais públicos em geral).

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