Jornalistas repudiam a atitude de estudantes da USP que agrediram repórteres e cinegrafistas na noite de segunda-feira (7) dentro do campus. A imprensa estava na universidade, localizada na zona oeste de São Paulo, para acompanhar a assembleia realizada por membros da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais (FFLCH), que ocupavam o prédio da reitoria desde a última quarta-feira (2).
Após o episódio envolvendo profissionais da mídia, seguido da desocupação da reitoria da USP, o repórter da Rádio Capital, Rogério Gama, definiu como “baderneiros” os estudantes que participaram da manifestação - que começou após três alunos serem detidos pela polícia por porte de drogas. O comentarista da ESPN, Gian Oddi, foi irônico, ao mencionar que se a ocupação continuasse, seria necessário chamar a Supernanny.
Cursando o último semestre de jornalismo, Fernando Guifer, que passou pelo diário Lance, criticou quem procura selecionar apenas estudantes da USP. “Uma 'salva de palmas’ a todos editores, gerentes, diretores, coordenadores, veículos e empresas de recrutamento que contratam só quem tem ‘USP no curriculo. Dá para ver o grau de inteligência desse bando de imbecis apedrejando jornalistas e brigando por causa alguma.”
A agressão
A confusão entre alunos e jornalista teve início quando uma pedra foi arremessada contra a câmera do cinegrafista Marcos Vinícius, do SBT, informa a Agência Estado. De acordo com o veículo, os outros profissionais da imprensa que estiveram envolvidos no ato agressivo dos estudantes foram os cinegrafistas da TV Record, Fábio Fernandes e Alexandre Borba, o fotógrafo da Agência CPN, Cristiano Novaes e a repórter do SBT, Maria Paula.
Um dos presentes, Novaes declarou que sua máquina fotográfica foi jogada no chão por um estudante. Ele, que afirma ter partido para cima de algumas pessoas ao ver que estavam dando tapas no microfone da Maria Paula, também revela que os jornalistas já tinham conversado caso acontecesse alguma ação dos alunos contra a imprensa. “Como a gente estava em minoria, tínhamos combinado que se os estudantes fossem para cima, a gente se uniria", disse, ao UOL.
Um dos presentes, Novaes declarou que sua máquina fotográfica foi jogada no chão por um estudante. Ele, que afirma ter partido para cima de algumas pessoas ao ver que estavam dando tapas no microfone da Maria Paula, também revela que os jornalistas já tinham conversado caso acontecesse alguma ação dos alunos contra a imprensa. “Como a gente estava em minoria, tínhamos combinado que se os estudantes fossem para cima, a gente se uniria", disse, ao UOL.
Mensagem dos estudantes
Depois do episódio, um aluno da USP que se identificou como Eduardo criticou a agressão contra os jornalistas. “Sobre o infeliz acontecimento, há um colega de vocês que há alguns dias está vindo aqui, diariamente, e enfrentando alguns estudantes. Os ânimos estão alterados, até por conta de informes que chegam de reintegração (de posse). É triste o confronto, de fato. Há iniciativas isoladas de estudantes que infelizmente se submetem a provocações de pessoas que não respeitam o trabalho da imprensa e muito menos o espaço de estudantes”.
Cerca de 70 estudantes que participaram da ocupação da reitoria da USP foram detidos pela Polícia Militar e encaminhados ao 91° DP da capital paulista, localizado no bairro da Vila Leopoldina, zona Oeste. À Folha de São Paulo, o delegado responsável pelo caso, Dejair Rodrigues, informou que os alunos presos só deixaram a delegacia após o pagamento de fiança no valor de R$ 1.500, valor que pode ser recalculado.
Cerca de 70 estudantes que participaram da ocupação da reitoria da USP foram detidos pela Polícia Militar e encaminhados ao 91° DP da capital paulista, localizado no bairro da Vila Leopoldina, zona Oeste. À Folha de São Paulo, o delegado responsável pelo caso, Dejair Rodrigues, informou que os alunos presos só deixaram a delegacia após o pagamento de fiança no valor de R$ 1.500, valor que pode ser recalculado.
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