A administração de Tadeu Leite fez divulgar pela Intertv/Globo em várias interseçõesdiárias, propaganda enganosa aos moradores de Montes Claros objetivando o pagamento ao ¨inflacionado¨IPTU. Para justificar o aumento do imposto, considerado por muitos um assalto ao bolso do contribuinte, a propaganda televisiva mostrava obras do mandatário do paço municipal, e entre elas imagens ilustrativas do que seria um centro de cultura no armazém ferroviário de Montes Claros, ilustrações que tornava a propaganda mentirosa, pois ali não há verbas municipais e não há previsão de dinheiro municipal, e se houve foi para pagar um ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, cuja equipe foi contratada para adequação das instalações e meteu os pés pelas mãos modificando a aparência externa do prédio histórico. Colocaram tijolinho a vista nas paredes originalmente rebocadas.Uma lastima.
A origem do projeto.
Após verificar que o prédio estava servindo apenas de garagem coberta para funcionários da FCA-Ferrovia Centro Atlântica S.A, mesmo tendo sido cedida em ¨contrato de gaveta¨a empresa Pitangui Logística Intermodal que operava terminal com ponte de carga rodoferroviaria no local, o então presidente da OSCIP A.T.B, Sinval Junior, entrou em contato com o diretor da Pitangui, José Roberto Caldas (Beto Pitangui) que concordou ceder cerca de 50% da área imediatamente e os outros 50%,que correspondia a parte do pátio, em aproximadamente 6 (seis) meses. Beto se ofereceu também, como empresa, a patrocinar parte das obras de recuperação e adequação às normas de segurança. Ele recebeu o prédio em precárias situação e o reformou, relatando a dificuldade de reformar o telhado por falta de profissional com conhecimento dos moldes de época do telhado.
O BNB no projeto
No governo Athos Avelino, o então secretário de cultura João Rodrigues recebeu visita de um funcionário do Banco do Nordeste do Brasil que informou que estava a procura de um local amplo para o BNB montar em Montes Claros um centro cultural de tradições nordestinas, e o secretário acompanhado do jornalista Girleno Alencar do jornal Hoje em Dia foram mostrar o solar dos Oliveiras, mas o funcionário do banco não gostou e falou que estava procurando um local amplo.
Girleno lembrou do Armazém Ferroviário e o grupo se encaminhou para o prédio que fica ao lado da estação. O antigo prédio se encontrava em muito boas condições e o amplo espaço foi aprovado pelo grupo. Na época a prefeitura fez uma ¨rebuliço¨na imprensa e alguns desinformados da assessoria jurídica de Athos alardearam que iriam na justiça contra a FCA cobrando IPTU e assim poder trocar a divida pelo prédio.
Tomando conhecimento do fato, eu, Alberto Bouchardet, então presidente da OSCIP ATB procurei falar com o secretário João Rodrigues,não obtendo sucesso. Dirigi-me a prefeitura e no departamento de planejamento informei que o prédio é de propriedade da União e que a FCA é apenas uma concessionária de cargas ferroviárias, não sendo proprietária de nenhum imóvel da antiga Rede Ferroviária Federal. Pedi para informar a ¨acesoria¨juridica e a de comunicações de Athos que em imóvel federal não cabe qualquer ação de uso ou divida.
Vários ¨bicões¨passaram a se meter para conseguirem o prédio para a prefeitura e para isso todos foram informados do processo encaminhado pela OSCIP e também que a Amigos do Trem abriria mão pelo fato do BNB como órgão financiador tinha intenção de fazer parceria com a prefeitura de Montes Claros. Além de todos os contatos em Brasilia a ATB passou á prefeitura também a planilha e as plantas. Quando Dr. Afonso Carneiro nos telefonou depois de saber da pretensão da administração informamos que a entidade repassaria o projeto que deu continuidade no DENIT.
Com o passar do tempo e o projeto parado em Brasília repassamos nossos contatos ao deputado estadual Paulo Guedes, que com Marcos Maia passaram a ficar a frente da empreita representando a administração Athos.
Por incompetência ou falta de interesse da equipe do prefeito acabamos por ver o mandato findar sem êxito no intento.
No inicio da administração Tadeu Leite e com intenção de ajudar procuramos o secretário de cultura, dessa vez Ildeu Braúna, informando-o quanto a odisséia do centro cultural no armazém ferroviário e outra vez nos colocando a disposição.
Depois de tanto tempo, agora é que a assessoria de imprensa tadeista divulga release informando terem assinado contrato para cessão de direito de uso gratuito do armazém central do Brasil.
O antigo prédio, dos primórdios da cidade, ser adaptado para receber um moderno centro cultural para manifestações culturais, instalação de galeria de arte, teatro é muito bom. A ATB se com fraterniza a cultura com essa possibilidade. O que não concordamos é que coloquem em pratica o projeto do dito ¨renomado urbanista¨ Jaime Lerner que descaracteriza o prédio.
Pior ainda e mostrar na TV desenhos do prédio modificado para assegurar pagamento de IPTU pelos contribuintes montesclarenses.
Enfim, após a incapacidade e lerdeza de uma administração, o que provavelmente comprometeu a disponibilidade do agente financiador, outra administração mentirosa e descompromissada com o patrimônio histórico tenta ludibriar a ¨cidade da arte e da cultura¨.
Eitâ monsclaro...
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