quarta-feira, 27 de abril de 2011

O armazém ferroviário e o engodo de Athos Avelino e Tadeu Leite.

A administração de Tadeu Leite fez divulgar pela Intertv/Globo em várias interseçõesdiárias, propaganda enganosa aos moradores de Montes Claros objetivando o pagamento ao ¨inflacionado¨IPTU. Para justificar o aumento do imposto, considerado por muitos um assalto ao bolso do contribuinte, a propaganda televisiva mostrava obras do mandatário do paço municipal, e entre elas imagens ilustrativas do que seria um centro de cultura no armazém ferroviário de Montes Claros, ilustrações que tornava a propaganda mentirosa, pois ali não há verbas municipais e não há previsão de dinheiro municipal, e se houve foi para pagar um ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, cuja equipe foi contratada para adequação das instalações e meteu os pés pelas mãos modificando a aparência externa do prédio histórico. Colocaram tijolinho a vista nas paredes originalmente rebocadas.Uma lastima.

A origem do projeto.
O projeto de aproveitar o antigo armazém ferroviário, situado à avenida Ovídio de Abreu, para a cultura partiu da oscip Movimento Sócio Turístico Cultural Amigos do Trem Baiano que em agosto de 2005, após visita da diretoria da organização ao departamento de assuntos institucionais do Ministério dos Transportes, onde o assunto foi colocado ao Dr. Afonso Carneiro Filho, diretor departamental, e iniciado o projeto.
Após verificar que o prédio estava servindo apenas de garagem coberta para funcionários da FCA-Ferrovia Centro Atlântica S.A, mesmo tendo sido cedida em ¨contrato de gaveta¨a empresa Pitangui Logística Intermodal que operava terminal com ponte de carga rodoferroviaria no local, o então presidente  da OSCIP A.T.B, Sinval Junior, entrou em contato com o diretor da Pitangui, José Roberto Caldas (Beto Pitangui) que concordou ceder cerca de 50% da área imediatamente e os outros 50%,que correspondia a parte do pátio, em aproximadamente 6 (seis) meses. Beto se ofereceu também, como empresa, a patrocinar parte das obras de recuperação e adequação às normas de segurança. Ele recebeu o prédio em precárias situação e o reformou, relatando a dificuldade de reformar o telhado por falta de profissional com conhecimento dos moldes de época do telhado.
No dia 5 de setembro daquele ano, data do ¨des¨aniversário de nove anos da última viagem do trem de passageiros Montes Claros/Monte Azul, uma carta de intenções foi enviada ao Ministério dos Transportes, cuja entidade o DENIT é órgão integrante, onde o projeto contendo planilhas de custos e planta baixa do prédio e entorno, assinada por engenheiro responsável, foi apresentado. Deu-se oficialmente o início do projeto que custou ainda muitas viagens a Brasília para assegurar o avanço das negociações na burocrática daquela capital.

O BNB no projeto
No governo Athos Avelino, o então secretário de cultura João Rodrigues recebeu visita de um funcionário do Banco do Nordeste do Brasil que informou que estava a procura de um local amplo para o BNB montar em Montes Claros um centro cultural de tradições nordestinas, e o secretário acompanhado do jornalista Girleno Alencar do jornal Hoje em Dia foram mostrar o solar dos Oliveiras, mas o funcionário do banco não gostou e falou que estava procurando um local amplo.
Girleno lembrou do Armazém Ferroviário e o grupo se encaminhou para o prédio que fica ao lado da estação. O antigo prédio se encontrava em muito boas condições e o amplo espaço foi aprovado pelo grupo. Na época a prefeitura fez uma ¨rebuliço¨na imprensa e alguns desinformados da assessoria jurídica de Athos alardearam que iriam na justiça contra a FCA cobrando IPTU e assim poder trocar a divida pelo prédio.
Tomando conhecimento do fato, eu, Alberto Bouchardet, então presidente da OSCIP ATB procurei falar com o secretário João Rodrigues,não obtendo sucesso. Dirigi-me a prefeitura e no departamento de planejamento informei que o prédio é de propriedade da União e que a FCA é apenas uma concessionária de cargas ferroviárias, não sendo proprietária de nenhum imóvel da antiga Rede Ferroviária Federal. Pedi para informar a ¨acesoria¨juridica e a de comunicações de Athos que em imóvel federal não cabe qualquer ação de uso ou divida.
Vários ¨bicões¨passaram a se meter para conseguirem o prédio para a prefeitura e para isso todos foram informados do processo encaminhado pela OSCIP e também que a Amigos do Trem abriria mão pelo fato do BNB como órgão financiador tinha intenção de fazer parceria com a prefeitura de Montes Claros. Além de todos os contatos em Brasilia a ATB passou á prefeitura também a planilha e as plantas. Quando Dr. Afonso Carneiro nos telefonou depois de saber da pretensão da administração informamos que a entidade repassaria o projeto que deu continuidade no DENIT.
Com o passar do tempo e o projeto parado em Brasília repassamos nossos contatos ao deputado estadual Paulo Guedes, que com Marcos Maia passaram a ficar a frente da empreita representando a administração Athos.
Por incompetência ou falta de interesse da equipe do prefeito acabamos por ver o mandato findar sem êxito no intento.
No inicio da administração Tadeu Leite e com intenção de ajudar procuramos o secretário de cultura, dessa vez Ildeu Braúna, informando-o quanto a odisséia do centro cultural no armazém ferroviário e outra vez nos colocando a disposição.
Depois de tanto tempo, agora é que a assessoria de imprensa tadeista divulga release informando terem  assinado contrato para cessão de direito de uso gratuito do armazém central do Brasil.
O antigo prédio, dos primórdios da cidade, ser adaptado para receber um moderno centro cultural para manifestações culturais, instalação de galeria de arte, teatro é muito bom. A ATB se com fraterniza a cultura com essa possibilidade. O que não concordamos é que coloquem em pratica o projeto do dito ¨renomado urbanista¨ Jaime Lerner que descaracteriza o prédio.
Pior ainda e mostrar na TV desenhos do prédio modificado para assegurar pagamento de IPTU pelos contribuintes montesclarenses.
Enfim, após a incapacidade e lerdeza de uma administração, o que provavelmente comprometeu a disponibilidade do agente financiador, outra administração mentirosa e descompromissada com o patrimônio histórico tenta ludibriar a ¨cidade da arte e da cultura¨.
Eitâ monsclaro...

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