"Há uma tentativa de desumanizar os palestinos, como foi feito com os judeus".
Um dos poucos sobreviventes do campo de concentração nazista de Aushwitz, Hajo Meyer, afirmou durante uma turnê de palestras na Escócia, que é possível traçar paralelos entre o tratamento recebido pelos judeus na 2ª Guerra Mundial e a situação atual dos palestinos nas mãos dos israelenses.
“Os israelenses desumanizam os palestinos, tal como os nazistas tentaram me desumanizar. Ninguém deveria desumanizar o outro”, disse Meyer, que passou dez meses em Aushwitz em 1944. “Talvez Israel não seja o país mais cruel do mundo, mas uma coisa é certa: Israel é o campeão mundial em pretender ser o país de maior cultura e civilização”, afirmou.
O alemão nasceu em Bielefeld, em 1924. Depois de ser proibido de ir à escola, em 1938, foi para a Holanda, sozinho. Meyer passou um ano escondido, quando foi pego pela Gestapo e enviado ao campo de concentração de Auschwitz, onde permaneceu por dez meses. Hoje, vive na Holanda e é autor de três livros sobre judaísmo, Holocausto e sionismo.
Meyer defende que o significado do termo “anti-semita” mudou. “Antes, anti-semita era alguém que odiava os judeus, por eles serem judeus. Hoje, anti-semita é alguém que é odiado pelos judeus.” Como porta-voz da Rede Internacional de Judeus Anti-Sionistas, afirmou que é preciso saber que criticar Israel não é o mesmo que criticar os judeus.
O ativista escocês pela causa palestina, Mick Napier, afirmou que Hajo Meyer entende "o abuso que Israel faz da trágica história do Holocausto para defender seus próprios crimes".
*Com informações do portal Palestina Libre
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