A partir desta semana as unidades de suporte avançado (UTI móvel) do Samu do Norte de Minas contam com um novo recurso. As ambulâncias agora estão equipadas com incubadora neonatal, para dar mais segurança no transporte de recém-nascidos.
A enfermeira Andressa Mendes de Oliveira, que trabalha no atendimento na UTI móvel na base de Montes Claros, explica que o equipamento permite um acompanhamento seguro e completo do transporte neonatal. “O transporte de neonato é muito delicado e as longas distâncias e as condições das estradas dificultam ainda mais esse trabalho. A incubadora de transporte absorve melhor os impactos e mantém o controle da temperatura, proporcionando maior estabilidade hemodinâmica”, avalia.
Segundo a enfermeira, os recém-nascidos transportados na unidade são acompanhados por médico e enfermeiro que durante o trajeto monitoram os sinais vitais da criança, fazendo os ajustes nos equipamentos, conforme a necessidade. “Os pacientes transportados na unidade avançada geralmente estão em estado muito grave, então é preciso estar bem equipada para manter o paciente estável até a chegada ao hospital”, observa Andressa.
O Samu Macronorte possui, atualmente, 53 unidades móveis, sendo 40 unidades de suporte básico, 7 unidades de suporte avançado e 6 ambulâncias de reserva. As unidades avançadas estão nas bases descentralizadas dos municípios pólo microrregionais, sendo duas em Montes Claros e uma em Janaúba, Brasília de Minas, Taiobeiras, Pirapora e em Januária.
De acordo com o Ministério da Saúde, todo município deve possuir uma ambulância básica para cada 100 mil habitantes e uma avançada para cada 400 mil habitantes. O Samu Macronorte atende através do 192 a uma população de cerca de 1,6 milhão de habitantes em 86 municípios norte-mineiros e para que cada microrregião pudesse receber cobertura adequada, o coordenador médico, Enius Versiani, explica que a distribuição foi feita estrategicamente. “Para que nenhuma região fique descoberta, sempre que uma unidade avançada sai do município com um paciente em direção a Montes Claros, por exemplo, enviamos uma unidade para fazer a interceptação, de forma que ambulância volte para seu município de origem o quanto antes. As unidades avançadas possuem os mesmos recursos e a transferência do paciente é feita com toda segurança”, ressalta.
Warmillon Fonseca Braga, presidente do Cisrun, consórcio público que gerencia o Samu no Norte de Minas, explica que o novo equipamento faz parte do programa de estruturação do Samu regional. “Além de manutenção e reposição periódica, estamos trabalhando para equipar as ambulâncias de forma a atender a população de acordo com a necessidade e com a melhor qualidade possível. O governo estadual e federal e os municípios consorciados estão empenhados em tornar o Samu Macronorte cada vez mais resolutivo e, aos poucos, estamos vencendo os obstáculos e as dificuldades. Não há dúvida de que a regionalização do serviço de urgência e emergência tornou a saúde pública na região muito mais acessível, mas ainda temos muito a avançar, e estamos trabalhando firmes com esse propósito”, garante Warmillon.
Jerúsia Arruda/Cisrun
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