Vereadores de Montes Claros discutem as propostas do Sinpro e Sindut sobre o direito da educação. Grevistas querem melhores salários e condições de trabalhos
O vereador Alfredo Ramos levou à Câmara Municipal a Audiência Pública o tema da educação. O motivo do vereador optar por esse assunto é que os professores e profissionais da rede estadual de ensino estão em greve há mais de uma semana. Eles cobram por um Plano Nacional de Educação (PNE) mais digno.
Segundo os protestantes, o salário do professor em Montes Claros é muito baixo e, além disso, a base de R$ 1.200 estabelecida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindut) não é cumprida pela Secretaria Estadual de Educação.
O professor Paulo Sérgio é um dos que denunciam isso. Segundo ele, a base não é paga corretamente aos servidores. “Quem fala que a Secretaria nos paga o piso, é mentira. O salário já é baixo e, ainda assim, nem todo mundo recebe esse valor” acusa.
A indignação da classe se dá pela falta de atenção do Estado. Os professores alegam que vão continuar em greve enquanto não receberem uma resposta. O intuito da paralisação é aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 10% de reajuste para a classe. Portanto, os manifestantes pedem um aumento de 20% na remuneração. Assim, o piso seria de R$ 1.597,87 para os professores de nível médio com carga horária de 24 horas por semana recomendado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
Outros 53 itens de pedidos fazem parte da pauta, que já se estende por algumas cidades do estado, como: Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Uberlândia, Montes Claros e Pirapora.
O proponente do assunto tratado em plenário, Alfredo Ramos, disse, na manhã desta quinta-feira (16), que a greve tem que acabar, pois os alunos não podem ficar sem aula. Ele deixou claro que está ao lado dos professores e que o Estado deve atender às reivindicações.
Flávio Célio também é professor e estava assistindo a audiência do auditório. Ele utilizou o microfone quando a palavra foi passada ao público. Célio agradeceu ao corpo de vereadores pela exposição da greve e questionou sobre o salário de quem possui nível superior, pois o valor de R$ 1.597,87 é para profissionais com o nível médio completo.
Em resposta, a secretária municipal de educação, Mariléia de Souza, disse que o pedido de definição dos funcionários que já concluíram o terceiro grau foi enviado à Secretaria Estadual de Educação, e agora aguarda resposta.
A greve continua com data de término indefinida, e, segundo os grevistas, eles vão continuar protestando até houver uma negociação com o governo.
Gustavo de Castro da Revista Tempo
A Câmara Municipal vai enviar documento ao governo do Estado em que manifesta apoio à greve dos servidores da educação e pede ao governador Antonio Anastasia, do PSDB, para atender aos pleitos da categoria, de implantação do piso nacional de salários que pode chegar a R$ 1.400,00 e de investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), no setor, para se criar perspectivas de melhorar o nível do aprendizado.
A imprensa mineira e do norte de Minas não estão mostrando as salas vazias e o movimento grevista porque estão protegendo Anatasia. O regime do ¨cala boca¨ implantado por Aécio Neves continua a imperar na imprensa golpista e subsidiadas.
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