O CI (Center for Inquiry), uma organização de humanistas e ateus, colocou na internet uma petição com o objetivo de convencer o presidente Barack Obama a pedir ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, a libertação de Alexander Aan (foto), 31, que foi condenado a 2,5 anos de prisão por escrever no Facebook que Deus não existe. A petição tem de obter 25.000 adesões até 16 de agosto.
Depois de se livrar do risco de linchamento, Aan foi preso em janeiro deste ano sob a acusação de blasfêmia. Na internet, ele também escreveu que Maomé teve relações sexuais com a empregada da mulher dele, o que agravou a sua situação.
Paul Fidalgo, diretor de comunicação de CI, disse que Aan corre risco de morte. O indonésio já teve de ser transferido de prisão uma vez porque os detentos passaram a agredi-lo quando descobriram que tinha sido preso por ser ateu.
Sem se referir ao caso de Aan, Yudhoyono disse que a Justiça respeita o direito de descrença, desde que os ateus “não incomodem os religiosos”.
A maioria da população de 236 milhões da Indonésia é muçulmana. As religiões minoritárias são budismo, hinduísmo, catolicismo, protestantismo e confucionismo. O governo de Yudhoyono já foi acusado de perseguir os católicos, com o fechamento de igrejas.
Apesar do otimismo do CI, são poucas as chances de o Obama ou mesmo a Casa Branca interceder a favor de um ateu preso na Indonésia neste ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos.
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