Na tarde de ontem, quarta-feira, líderes do corpo docente da Unimontes comandaram manifesto em frente à reitoria. Davam prosseguimento, ali, a mobilização que poderá resultar em greve geral dos professores da universidade a partir da próxima segunda-feira, 19.
A decisão será anunciada em reunião convocada para as 17h de hoje, quinta-feira, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Unimontes.
A paralisação só não acontece, de acordo com Antônio Maciel, presidente da Adunimontes – Associação dos docentes da Unimontes, se o governo do estado se pronunciar favorável às reivindicações.
- Até o presente momento, não tivemos nenhuma resposta positiva a respeito de nossa pauta, que já foi entregue à secretaria de planejamento e administração. Estamos aguardando reunião com a secretária nesta sexta-feira para verificar se vai haver alguma sinalização de atendimento ou abertura de negociação – antecipa.
Caso deflagrada a greve geral dos professores, cerca de 7 mil acadêmicos da Unimontes ficariam sem aulas por tempo indeterminado. Porém, para o presidente do Diretório Central dos Estudantes, Daniel Coelho, as demandas são justas e fundamentais para a qualidade de ensino na universidade.
- O DCE vai fazer toda a pressão para que a greve dure o mínimo possível e, de preferência, nem aconteça, pois é um transtorno muito grande para a comunidade acadêmica. Agora, a gente entende que foi o último recurso dos professores e servidores e que a responsabilidade total pela greve é do governo do estado. A situação aqui beira à calamidade em muitos casos. E a gente tem certeza que não existe qualidade do serviço público sem a valorização do servidor – considera.
Em nota oficial, a Unimontes afirma que a administração superior acompanha a mobilização dos servidores docentes. Sobre as reivindicações, o encaminhamento deve ser feito junto ao governo do estado, sendo que, mais uma vez, a reitoria atuará como interlocutora nas negociações.
(Reportagem: Luís Alberto Caldeira)
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