A edição atual da Exame, que chegou às bancas no último sábado, 9, traz Dilma Rousseff na capa. Na chamada, a revista quinzenal da Editora Abril se refere à presidente como “a mão forte da economia”. Em matéria de dez páginas, a publicação afirma que a postura econômica do governo precisa ser modificada e sair do que define como agenda de desenvolvimento que deu certo nos oito anos em que Lula esteve no Planalto.
Na ‘Carta de Exame’, seção que apresenta a matéria com Dilma, a redação da revista questiona se a presidente não está errando de estratégia e sendo a “mão pesada” e, baseada nas entrevistas com empresários e economistas realizadas para a reportagem, avalia que o sistema econômico brasileiro não está no caminho certo. “Precisamos, com urgência, de uma correção de rumo”. O veículo, no entanto, ressalta que “ainda temos uma boa safra de notícias positivas no noticiário econômico”.
Segundo a reportagem comandada por Humberto Maia Junior e Márcio Kroehn – com Alexandre Rodrigues, Daniel Barros e Giuliana Napolitano-, o grande erro de Dilma e equipe é apostar no consumo para o Brasil deixar de lado o crescimento de 1,9% do PIB para se aproximar ritmo alcançado na era Lula, de 7,5%. Para a revista, esse modelo não dará mais certo porque o brasileiro está “escaldado” e planeja os gastos antes de fazer qualquer dívida.
Ao divulgar números oficiais da economia nacional e dados de pesquisa realizada com 418 presidentes de empresas, a Exame afirma que faltam investimentos por parte do governo. A reportagem informa que em 2011 o investimento subiu 2,2%, enquanto o consumo aumentou 4,4%. A revista também cita a necessidade de diminuir o custo de produção no Brasil. Ressaltando que o modelo precisa de mudanças, a publicação avalia que “o consumidor não precisa – nem pode – resolver tudo sozinho”
Nenhum comentário:
Postar um comentário