Na madrugada dessa quarta-feira, a tricentenária Igreja Matriz de Santo Antônio, localizada no município de Itacambira, foi alvo de ladrões, que arrombaram as suas portas e roubaram as peças mais valiosas e originais da época de construção e feitas em argila, como as imagens de Santo Antônio, Nossa Senhora dos Passos, São Sebastião, São Gabriel e Santo Agostinho que foram restauradas em 2008, com o altar- mor.
Tão logo a população local ficou sabendo do roubo saiu às ruas e está vigília em frente à igreja, clamando por justiça e pedindo que toda comunidade mineira esteja atenta e informe sobre o paradeiro de qualquer uma dessas peças sacras.
As primeiras informações são de que os ladrões conheciam bem a igreja e o valor de cada imagem, tanto que levaram somente as mais valiosas e conseguiram ainda, desativar o alarme de segurança para não chamar a atenção.
No dia 31/07/98, a Igreja Matriz de Santo Antônio foi considerada como bem cultural, assim como seu acervo e foi tombada pelo Instituto Estadual do patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).
Em relação à origem da matriz de Santo Antônio, alguns autores consideram ser 1707 o ano em que ela foi erguida. “Teriam os mineiros levantado no plano de um espigão uma capela, dedicando-a a Santo Antônio, e daí assentaram o seu arraial” (RPAM). A matriz de Itacambira foi sede da grande freguesia do bispado da Bahia. Foi constituída paróquia em 13 de maio de 1813, tendo autonomia sobre as igrejas de Montes Claros, Grão Mogol e Francisco Sá.
Recebeu, no século XVI, as pioneiras expedições exploradoras dos bandeirantes. O historiador Diogo de Vasconcelos atribui como fundador do arraial Fernão Dias Paes Leme, por ter ele encontrado as lendárias Serra Resplandecente e a Lagoa de Vapabucu.
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