quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Perspectiva de novo polo produtor de gás natural no Norte de Minas agita pequenas cidades.

O município de São João da Lagoa, antiga Pitinha, foi o primeiro a ter deferido pelo COPAM – NM o pedido feito pela empresa Petra Energia S/A para abertura de um poço exploratório de gás natural. Ontem o órgão deferiu o segundo pedido de licença prévia e de instalação para explorar gás natural no município de Japonvar. O poço esta sendo aberto em uma floresta de eucaliptos na fazenda Morro Preto, próximo a Riacho do Brejo, a oito quilômetros ao lado da MG-202.
A perspectiva de outras áreas a serem liberadas para este tipo exploração. Em Montes Claros, provavelmente, o primeiro poço será aberto na comunidade do Planalto, perto do Clube Pentáurea.
A Petra Energia, conforme informações constantes no processo analisado pela Supram-Norte, é detentora 24 dos 31 blocos no estado de Minas Gerais na região denominada Bacia do São Francisco, adquiridos da ANP-Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis, a qual regulamenta a exploração e realização de trabalhos de prospecção.
A abertura do poço em Japonvar tem como objetivo realizar estudo no denominado Poço 1-RSP-1-MG, que faz parte dos estudos na Bacia do São Francisco em Minas Gerais, especificamente no Bloco SF-T-85
Entendendo a pesquisa.
Caminhões Vibroseis pesquisando nas rodovias nortemineiras.
As primeiras investigações no bloco são feitas por meio de aquisição sísmica, que é realizada com uma tecnologia que utiliza chapas de aço acopladas em caminhões, chamados de vibroseis por emitir vibrações em contato com o solo. Essas vibrações são captadas por geotones e transmitidos a computadores e transformados em gráficos onde se identifica as características geológicas do terreno.
Ao identificar características geológicas favoráveis com a existência de hidrocarbonetos, o próximo passo em um projeto exploratório e a perfuração do poço, que, tem objetivo confirmar os estudos realizados, na área, indicando ou não a presença de hidrocarbonetos. Além da confirmação da presença de hidrocarbonetos, o poço faz uma caracterização dos principais elementos geológicos necessários para a existência de uma acumulação de hidrocarbonetos tais como: rocha geradora, migração, rocha reservatório, rocha selo e trapa.
Essa forma de aquisição vem acontecendo ao longo das rodovias e estradas do estado de Minas Gerais e possui resultados bastante superiores à técnica tradicional com o uso de explosivos. Estes estudos serão realizados em aproximadamente 9.000km² na Bacia do São Francisco em Minas Gerais.
Poço de Japonvar.
O estudo realizado no bloco confirmou a existência de condições favoráveis para a presença de uma acumulação de gás neste bloco. A empresa já abriu a estrada até o local utilizando uma patrol e os equipamentos estão sendo transportados pela nova via de acesso. O poço de Japonvar terá profundidade de 1.000m e todo o processo será feito em 120 dias, com a utilização de até 100 funcionários, conforme projeto do empreendedor.
A notícia é extremamente positiva, mas é preciso compreender o processo de exploração que não tem por objetivo a exploração de gás natural, mas sim confirmar a estrutura geológica e a identificação de gás nesta estrutura.
A informação é de que até o meio do ano todos os levantamentos já estarão concluídos quando então será anunciada a expectativa de volume e qualidade do gás. Confirmada a viabilidade econômica das descobertas, elas poderão viabilizar a criação de um novo polo produtor de gás natural na Bacia do São Francisco.
Os funcionários da empresa estiveram hospedados em Lontra, conforme o gerente do hotel Avenida, Carlos Alberto Mendes, e agora estão hospedados em  São João da Ponte e em Japonvar.

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