quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Consumidor em Minas paga por energia elétrica 73% a mais do que grande parte do mundo

Cemig mete a mão.
Dados divulgados pela Agência Internacional de Energia mostram que a energia elétrica é mais cara em Minas do que em boa parte do mundo, inclusive nos países onde estão os principais concorrentes das empresas mineiras. A tarifa média de R$ 372,50 por megawatt-hora (MWh) no Estado está 13% acima da média brasileira, de R$ 329 o MWh, e é 73% a mais que a média apurada em um conjunto de 27 países do mundo.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), concluiu que em Minas Gerais o Governo estadual adota política arrecadatória, via tributação da energia, à custa da competitividade do setor industrial.
No que diz respeito à tributação, os impostos federais (PIS/Cofins) e o estadual, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), respondem por 35,6% do preço final, enquanto no Brasil esta participação é de 31,5%. O estudo aponta que, em alguns casos, os estados compensam a situação com impostos menores. Em outros, mantêm a carga alinhada à média nacional. Um terceiro grupo mantém o nível dos tributos ligeiramente acima da média, reforçando o caixa à custa da competitividade industrial.
Na região Sudeste, com tarifa de R$ 372,40, o Estado fica com valor 4,4% maior do que o do Rio de Janeiro (R$ 356,70). É, ainda, 6,4% mais elevado do que no Espírito Santo (R$ 350) e 17,3% superior à tarifa praticada em São Paulo ( R$ 317,30).
No mundo, apenas indústrias da Itália, Turquia e República Tcheca pagam mais pela energia elétrica, sendo que a diferença entre a Itália (R$ 458,30 o MWh) e Minas é de apenas 23%. Comparada com os países do Brics (bloco de emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia e China), a energia elétrica para a indústria mineira é 165% mais cara.
Em relação à China, é 20% superior. Na comparação com os Estados Unidos, a tarifa é 36% mais alta em Minas e, quando comparada com a Rússia, chega a ser 86% mais elevada. “Neste setor, Minas não é competitiva em relação a nenhum país, mas a situação é bem mais complicada quando comparada com os concorrentes diretos”, disse a especialista em infraestrutura do Sistema Firjan, Tatiana Lauria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário