Foto - Bernardo Bouchardet |
As primeiras informações dão conta de que os funcionários de um call Center, o C&A, passaram mal, nove desmaiaram, após um cheiro forte inundar as dependencias do local.
Equipes do Corpo de Bombeiros e Samu encontraram várias pessoas deitadas no chão, passando mal e prestaram os primeiros socorros. A unidade do Samu atendeu a quatro funcionárias que estavam com tremores, falta de ar, ansiosas e uma delas com dormência facial. Todas estavam conscientes e orientadas.
Cerca de 30 pessoas foram atendidas pelo Samu e Corpo de Bombeiros com sintomas de intoxicação. Pela quantidade de vitimas o atendimento foi improvisado, com carrinhos de supermercado sendo utilizados para transporte do setor até as ambulancias dos que não conseguiam caminhar.
A intoxicação causou confusão e as aulas das Faculdades Santo Agostinho, que funciona dentro do shopping, precisaram ser suspensas. Os bombeiros disseram que, por se tratar de um local com poucas entradas e saídas de ar, a intoxicação teve grande alcance.
As vítimas da intoxicação foram encaminhadas ao Hospital Universitário Clemente Farias e a Santa Casa de Montes Claros e não correm risco de vida. Duas permanecem internadas na Santa Casa. Elas chegaram aos hospitais com vômito, falta de ar, tosse e membros adormecidos.
A direção do shopping informou que tudo aconteceu dentro de uma loja onde funciona a C&A, com a colagem de carpete em ambiente fechado, o que teria provocado a saturação do ambiente por produtos químicos. O gás (com propriedades tóxicas com base em acetato de etila, hexano, acetona) estava presente em uma cola química usada para fixação do carpete.
O shopping foi esvaziado por medida de segurança e os seguranças do shopping tentaram impedir que equipes de televisão gravassem imagens e também que terceiros filmassem com celulares.
O 11º Departamento da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar o incidente registrado na noite de ontem quando dezenas de pessoas passaram mal em um shopping da cidade.
A empresa AeC divulgou nota dizendo que prestou assistência às vítimas. Acrescentou que abriu processo para apurar o caso.
“A AeC – Empresa de Business Process Outsourcing que mantém uma unidade de Contact Center em Montes Claros com cerca de mil funcionários – gostaria de esclarecer que tomou e ainda vem tomando todas as providencias necessárias para minimizar o ocorrido ontem em suas dependências na cidade, quando alguns de seus funcionários se sentiram mal durante a realização de obras nas suas instalações. Tão logo tomou conhecimento do ocorrido, a AeC procedeu a imediata evacuação de suas dependências, bem como todo o suporte necessário àqueles que se sentiram mal, encaminhando-os para hospitais e prontos socorros da cidade. Além de arcar com as despesas dos funcionários afetados, a AeC já iniciou um processo de apuração do ocorrido, com o objetivo de evitar que qualquer outra situação parecida ocorra em Montes Claros ou em qualquer outra de suas unidades em Minas Gerais, onde emprega cerca de 15 mil pessoas.”
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