Mocão, nem em sonho

A construção do estádio municipal está cada vez mais remota e o espaço onde seria erguido o Mocão se transformou em abrigo para animais peçonhentos e depósito de lixo

Lixo, buracos, e entulho. Está é a realidade em ruas próximas onde seria construído o estádio municipal, o Mocão. Outro incômodo para a comunidade é a quantidade de urubus que sobrevoam diariamente o local, devido à imundícia e sujeira presentes na área. Moradores reclamam do abandono no local e cobram do poder público municipal asfaltamento na Avenida L, via de acesso que liga o Delfino Magalhães à Vila Anália e Novo Delfino. A cobrança da comunidade é estendida também para demais ruas próximas ao Mocão como a Pedestre tomada pelo mato e entulho e pela sensação de insegurança em virtude da falta de iluminação pública em alguns pontos desta avenida.

Ismar Ruas de Moura, empresária, indignada com a quantidade de lixo bem em frente a sua residência, reivindica do poder público municipal a limpeza no local, que está tomado pela poeira e entulho.

- Meus filhos são os que mais sofrem com esta sujeira e é comum eles terem crises de alergia - relata.

A moradora afirma ainda que devido ao abandono no local é comum também a presença de animais peçonhentos como cobras e ratos o que provocam vários transtornos aos moradores.

APELO

José Leite Fagundes, aposentado, em tom de desabafo, diz ser uma vergonha para uma cidade do porte de Montes Claros ficar totalmente abandonado um local onde seria construído o estádio municipal. De acordo com ele não somente os moradores ao entorno do Mocão sofrem e lamentam a situação, mas quem transita pela Rua L, como as crianças e jovens residentes nos bairros Vila Anália e Novo Delfino, que utilizam esta via de acesso em direção a escola do Delfino.

- É muita poeira. Diante do descaso a comunidade chegou ao ponto de colocar entulho em determinado ponto da avenida para amenizar a situação - conta.

O autônomo Adilson Alves afirma que não adianta o município apenas cascalhar vias públicas próximas ao Mocão. A solução para todos os problemas ao entorno, de acordo com ele, passa pelo asfaltamento de ruas e avenidas. Já sem esperança de ver o Mocão de fato sair do papel ele afirma que pelo menos o básico o município poderia atender à comunidade e que da maneira que está ele afirma que não pode continuar mais.        

A prefeitura informou, através da secretaria de Comunicação, que a secretaria de Serviços Urbanos está fazendo levantamento das ruas do Bairro Delfino Magalhães para verificar as possibilidades de asfaltamento. Quanto à limpeza, a nota diz que o recolhimento de entulhos será providenciado dentro da programação estabelecida, sem estabelecer data.

SAMUEL NUNES