Por ordem do Ministério da Fazenda as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal cortarão o ponto dos seus grevistas. A mesma providência já havia sido adotada em relação aos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, vinculada ao Ministério das Comunicações.
Neste sábado (8), a greve dos bancários completa 12 dias. A paralisação dos Correios entra no 25º dia.
Representadas pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), as casas bancárias ofereceram reajuste de 8%, mas a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo financeiro) reivindica 12,85%. A negociação foi interrompida. Nesta sexta (7), segundo a entidade, 8.951 agências estavam fechadas.
Os Correios chegaram a firmar um acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telegráfos e Similares).Deu-se numa audiência de conciliação do TST. Porém, o acerto foi desautorizado pelos trabalhadores em assembléias realizadas nos Estados.
Nesta sexta, tentou-se repactuar o entendimento, de novo sob mediação do TST. Dessa vez, desautorizada por seus representados, a Fentect refugou o acordo.Em nota veiculada na internet, a federação atribuiu o dissenso à insistência do governo em cortar o ponto dos grevistas.
Na folha salarial de setembro, foram cortados seis dos 25 dias parados. Os negociadores dos Correios concordaram em devolver o dinheiro. Porém, ficara combinado que o corte seria feito a partir de janeiro de 2012, em parcelas. E os outros dias parados seriam compensados com horas extras.
Diante do fracasso das duas tentativas de acordo, o TST agendou para a próxima terça (11) o julgamento do dissídio da categoria postal.
A Fenaban receava que os bancos públicos, diferentemente dos privados, fossem pagar os dias parados dos seus grevistas. Foi informada de que isso não vai acontecer.
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