“Enfrento Lula ou Dilma”. Aécio bebeu?
Em entrevista ao jornal Estadão deste domingo (9), o senador tucano Aécio Neves lembrou as piadas dos bêbados que costumam ficar valentões. Questionado sobre o pleito presidencial de 2012, ele disse estar “pronto para disputar com qualquer candidato do campo do PT, seja Lula ou Dilma. Serão eleições com perfis diferentes e eu não temo nenhuma das duas”. Corajoso!!!
Na sequência, porém, ponderou que o debate sobre candidaturas dever ficar para “o amanhecer de 2013” e lembrou que o PSDB tem outros candidatos “fortes”. Citou os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR). Já sobre José Serra, o seu carrapato no ninho tucano, disse que a sua pretensa postulação “terá de ser avaliada por seu capital eleitoral”.
Senador esconde as bicadas tucanas
A entrevista de Aécio Neves é pura bravata. Ela tenta esconder o inferno astral vivido por seu partido. Nos últimos dias, o PSDB perdeu três deputados federais para o recém-criado PSD de Gilberto Kassab – outros dois devem trilhar o mesmo caminho. Em alguns estados, a sigla foi simplesmente dizimada. Na capital paulista, sete vereadores tucanos já abandonaram o ninho.
Aécio tenta disfarçar a crise interna, escondendo que penas estão voando para todos os lados. “O PSDB amadureceu o suficiente para ver que, ou vamos todos unidos de verdade, ou não teremos êxito”. Bravata! Os tucanos estão se bicando de forma sangrenta. A guerra entre Alckmin e Serra recrudesceu na fase recente, como confessou o senador serrista Aloysio Nunes em seu twitter. O escândalo da corrupção das emendas na Assembléia Legislativa de São Paulo acirrou ainda mais os ânimos.
Teste do bafômetro
Em recente blitz policial, o ex-governador mineiro se recusou a fazer o teste do bafômetro. O boletim de ocorrência da Polícia do Rio Janeiro registrou que ele estaria “embriagado ou drogado”. Diante de tanta valentia – e tantas bravatas – de Aécio Neves na entrevista ao Estadão, o jornal por acaso fez um teste de bafômetro? Ou a entrevista chapa-branca só serviu mesmo como palanque eleitoral?
Por Altamiro Borges
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